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@rodrigo.silveira1 em 02/03/2016 às 11:54
É mas quando ele estava no clube era criticado por uma boa parte da torcida, principalmente pelas camisas coloridas, agora virou Deus.
Acho que foi importante, mas tem falado muita besteira.
@gilgarcez em 02/03/2016 às 11:52
Um grande colaborador e um dos responsáveis pelo salto de qualidade na vida do Corinthians!
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@bilzao em 02/03/2016 às 16:18
Tem o link para os preguiçosos feito eu? !
@jesimiel.medeiros.al em 02/03/2016 às 15:00
Excelente entrevista. Quem tiver um tempinho, vale a pena.
Em uma conversa animada com O Financista, o consultor sênior da Rosenberg Partners falou sobre a passagem vitoriosa pelo Corinthians, seu clube de coração, detalhando erros e acertos de uma estratégia que multiplicou as receitas do clube paulista. Ele foi o mentor da vinda de Ronaldo Fenômeno ao Parque São Jorge, e, sob a liderança de Andrés Sanchez, ajudou a realizar dois dos maiores sonhos corintianos: a construção de seu estádio e a conquista da Taça Libertadores da América, em 2012.
Para Rosenberg, o acontecimento que julga como a “cereja do bolo” foi o acordo com a fabricante de caminhões Iveco. “Uma fabricante de caminhão não quer vender caminhão quando estampa o nome na camisa do Corinthians. Ela fez o que chamamos de co-branding. Associou a marca dela com a minha. Ela achava a minha marca tão forte naquele momento que quis se associar. Esse para mim foi o suprassumo do sucesso do marketing. Quer dizer que você chegou lá”, completa.
Sobre o momento do futebol brasileiro, o economista diz que, para destravar o valor dos clubes, basta fazer o que está no próprio DNA deles. Quanto ao poder financeiro da China no mercado de futebol, ele crê que veio para ficar. “Do mesmo jeito que o Cosmos levou o Pelé para os Estados Unidos, eles fizeram tudo do jeito chinês. Já leva 50”. E brinca: “Se imaginaria que, até por acidente estatístico, um país que tem 1 bilhão e 400 milhões de habitantes teria 22 jogadores de futebol decentes... Pois é, eles não têm. Eles perdem para a Malásia”.
No histórico profissional, Rosenberg atuou em instituições como Citibank, Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Suzano, Banco BBVA e Nestlé, além de ter participado da vida econômica do país nos anos 1980 e 1990, como assessor do então ministro Delfim Netto durante o governo José Sarney e membro da equipe de negociação do Brasil com o FMI (Fundo Monetário Internacional).
Em relação ao momento político e econômico do país, Rosenberg afirma que não há um líder e o interesse de longo prazo do Brasil fica em segundo plano diante dos objetivos de curto prazo dos candidatos. “Tem que fazer uma revolução fiscal e que não passa por corte de gastos, mas passa por reforma da Constituição. Não adianta achar que cortar dois mil cargos de confiança vai fazer diferença.”
Veja, abaixo, os principais trechos da entrevista:
O Financista: Como começou sua trajetória no Corinthians?
Luis Paulo Rosenberg: Eu fui para o Corinthians como corintiano. Sorte que eu era economista. Até 2008 o Corinthians estava em uma fase muito ruim. Eu era conselheiro e fizemos um movimento para impedir o presidente. Ele caiu e o Andrés Sanchez foi eleito. Um bando de bem intencionados, uma união das forças do bem. Logo depois da vitória, o Andrés me disse: ‘Não tem ninguém aqui que saiba como ganhar dinheiro. Então você vem e nos ajuda’. O Corinthians estava mal e eu topei. Em vez de pegar a área financeira, fiquei com a área de marketing porque era vista como geradora de receita. Eu tive uma bela experiência de mais de 20 anos no board da Nestlé. O convívio com marketing lá é muito forte. É uma das empresas mais bem sucedidas neste quesito. Tratei de colocar tudo que eu sabia no Corinthians, respeitando sempre oferta e procura e usando a paixão de corintiano. Quando se mexe com marketing, é preciso estar consciente de que se trabalha na administração de uma imagem. Há um Corinthians na alma de cada corintiano que pensa no clube pelo seu comportamento em campo, sem dúvida, mas também no papel dele na sociedade, na relação com os outros clubes, na modernização do futebol. O Corinthians de 2007 não tinha nada disso, estava muito afastado. Começamos então um movimento pra colocar o Corinthians de volta no sonho do corintiano.
Isso passava por muita transparência, pela independência do futebol. Mudou o conceito de gerir o clube e o marketing trabalhou essa imagem. Basicamente eu me apoiei, primeiro, em uma equipe excepcional que já estava lá, mas que era cerceada pela corrupção. Segundo, no princípio de que o marketing não gasta dinheiro. Ou seja, não quero vender um programa que eu tenha de botar dinheiro. O programa precisa ser referendado pelo mercado. Haverá alguém ganhando dinheiro para fazer isso, um parceiro, alguém que queira arriscar. Esse era meu crivo para saber se o projeto era bom ou não. Terceiro, tudo que eu decidia era imaginando que havia mais de 30 milhões de loucos por cima do meu ombro, dizendo o que gostariam que eu fizesse. Assim, fui para ficar seis meses e só consegui sair quando eu desci do avião com a taça de campeão do mundo.
Foi uma trajetória incrível de série B até ser campeão do mundo. A receita do Corinthians deve ter crescido cinco, seis vezes no período. Espero que tenha ficado como uma marca no futebol brasileiro, no sentido de mostrar que ‘fazendo papai e mamãe’, com luz apagada e lençol por cima dá tudo certo.
Também tentei mostrar que, por mais bem sucedido que seja o cartola, a passagem dele tem começo, meio e fim. Eu saí sem ser saído. Em primeiro lugar custa muito caro ser cartola. Se você não rouba, trabalha de graça. E, no meu caso, põe uma carga sobre os meus sócios muito grande. Segundo, ninguém é dono de ninguém. Não é possível que o sucesso te faça dono de um clube. É necessária a característica de renovação e modernidade, de sangue novo, e não aquele processo de envelhecimento e enrijecimento que acontece quando você coloca os seus amigos, os amigos dos seus amigos... É aí que você admite uma sacanagem ali e outra aqui. E quando você vai ver a podridão tomou conta de tudo.
O Financista: O senhor mencionou a experiência na Nestlé. O que o senhor trouxe da cabeça de empresário para implementar no futebol? Houve resistência ou andou muito bem?
Rosenberg: Eu tive muita felicidade de ter o Andrés como presidente. Apesar de não ter educação formal, ele tem uma intuição incrível. É um homem de visão a longo prazo. Sempre admirei mais quem não tem uma formação universitária formal e consegue fazer coisas mais ousadas e competentes. O grau de delegação que ele me deu foi um negócio absurdo. Ele dizia que, se eu era do ramo, tinha que fazer e ele que engolisse as dúvidas dele. Tudo que saiu errado a culpa é só minha; e não foram poucas. Eu era muito ousado, mas não queria acertar tudo. Se eu acertasse sete de dez, e errasse três, e se não houvesse prejuízo para o Corinthians, estava bom.
Por exemplo, a TV Corinthians foi um lançamento precoce, muito bacana. Acho que vamos caminhar para isso, mas naquele momento não dava e o empresário que investiu quase se arrebentou, mas sem prejuízo nenhum para o Corinthians. Eu também tentei um jornal de segunda-feira, bem parcial do jeito que o corintiano gosta, mas não estava maduro e quem investiu perdeu dinheiro.
Eu considero que a minha tentativa de “achinezar” o Corinthians também não deu. Agora está rolando essa euforia com a China, eu tentei fazer isso seis anos atrás. Fui para a China, estabeleci convênios, mas não caiu no gosto do Corinthians, da diretoria e não foi para frente. Criei aquele clube Corinthians na Argentina, com a ideia de capturar jovens talentos, mas também não foi para frente. Outro tiro n’água foi o Corinthians do Paraná. No fundo, eu me valendo das estatísticas que diziam que o primeiro time de torcida no Paraná era o Corinthians, pensei que daria certo, mas não deu porque só éramos grandes no norte do Paraná. Em Curitiba, não.
Então não é que a gente só acerta. Erramos no atacado. O sócio-torcedor na época não existia. Eu criei e coloquei uma tabela progressiva. Com os primeiros 20 mil sócios, 95% da receita ficaria com o operador e 5% com o Corinthians. E o percentual ia crescendo conforme o número de sócios aumentava, de forma que eu não quebre o operador. Hoje era para estar com 95% da receita para o Corinthians. Mas depois que eu saí fizeram um questionamento no contrato e dividiram meio a meio.
O fundamental para o sucesso é a sintonia de alma. Por exemplo, eu fiz cinco filmes longa metragem do Corinthians. Deram muito dinheiro? Não, mas também não perdi. Eu nunca perco. Mas o bem que fez para a Fiel, comprar um DVD de R$ 20 e levar aquele passado nosso para a casa. Eu editei...
@ninguem em 02/03/2016 às 13:30
'Lava-jato chegará ao futebol...' putz, nem quem tá envolvido de forma direta na busca de info sobre os corruptos e seus esquemas sabem a dimensão disso. O futebol é o de menos. Essa operação, se não for atrapalhada por certos partidos, vai mostrar até onde vai a corrupção; ela tá atrelada nas entranhas e no coração do nosso país. Acho que vai desde o desvio de verbas pra recapeamento de asfalto, merendas escolares até ao gabinete da presidANTA!
@gracinhado.timao em 02/03/2016 às 13:22
É infelizmente foi impossibilitado de voltar.
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@andrey.torres em 02/03/2016 às 13:19
Que chegue ao Corinthians e expulse o Garcia de lá.
@felipe.fiel em 02/03/2016 às 13:18
Entrevista muito boa. Não que ele não erre, ele mesmo falou de diversos erros, mas ele acerta muito mais. E ele explicando o porquê a patrocínio da Iveco foi tão importante foi sensacional, várias coisas que ele fez não eram visando lucro, não era para ganhar dinheiro, era apenas para gerar valor institucional a marca Corinthians. Plantar arvores, carros de corrida, times em outros estados e países, rede de lanchonetes, DVDS de conquistas, time de polo... O valor da marca Corinthians era tão grande, que uma empresa montadora de caminhões queria associar a marca deles a nossa, eles não queriam vender caminhões em um primeiro momento, eles queria apenas associar a marca deles a uma marca mais forte.
@sandra.lima4 em 02/03/2016 às 12:30
Um dia o cara é herói;
No outro vilão;
Precisam se decidir.