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Corinthians, Cobresal, cuspes, culpas, cúmplices

A crise institucional deste país belo, não tão recatado e cada vez mais perdido fora do lar passa por Tite.

Tudo que o comandante corintiano tem feito dá certo. Até Romero faz golaço e tem feito muitos gols pelo Timão em 2016.

Até concurso de quem faz gol mais parecido com os voleios de Bebeto está sendo feito ao vivo: foi Giovanni Augusto contra o Red Bull no sábado, foi Marlone que fez parecido no terceiro dos tantos gols corintianos em Itaquera.

Sabido que o Cobresal é um mau time em má fase. Parece que joga com colete de firma – e é mesmo time mais de empresa que de futebol-empresa. Mas o ótimo do Timão de Tite é isso. Joga contra Boca ou Cobresal com o mesmo apetite e seriedade. Fossem os 10 reservas como os escalados pelo técnico gaúcho que mais pareciam sempre 11 titulares- ainda que o adversário pareça ter 22 reservas em campo.

E tome gol do Timão. A equipe faz gol de bola bem trabalhada, e faz gol de longe com desvio, faz gol de todo jeito. E quer fazer mais gols e jogar cada vez melhor. Foi assim a goleada esperada que não tem adversário que possa dar uma esperneada. Na dúvida é só rever o quinto gol, em bela bola tramada e muito bem executada por Elias. Coisa de time inspirado e iluminado que não se importa de gastar o que não tem até com um sócio-torcedor-jogador como Cristian, que joga de vez em quando, e quase nada pelo quanto que recebe.

Corinthians que está naquela fase tão boa que até textão institucional faz na camisa e ninguém pode reclamar. Só respeitar o trabalho feito em Itaquera.

Torcida alvinegra que está tão bem posicionada como o time que apoia as causas justas – ainda que por meios tortos e por vezes torpes e alguns cuspes. Mas quando o nível é baixo, quando se tortura a liberdade, a democracia e os princípios básicos, quando não se tolera o que é diferente (não necessariamente o correto e justo), é ótimo se posicionar. Cuspindo duro em quem bate por trás.

Independente (ou dependendo) do partido do ex-presidente do clube, do ex-presidente do país, e do construtor do estádio.