A recente queda de público na Arena Corinthians, a praça esportiva mais movimentada do Brasil, causa estranheza para muitos.
Para a mídia anti, o que vale é detonar e querer zombar, embora sem razão alguma, pois mesmo com uma queda, os públicos são grandes e muito diferente das quedas de público de outros times, como o FLA, que coloca 375 pagantes quando esta em baixa, assim como o SPFC, por ex, que coloca de 3 a 6 mil.
Para a fiel, a preocupação é grande, pois sabemos da nossa força. Neste caso, importante é a nossa análise, que vivemos do Corinthians, sem ouvir o que os de fora dizem de forma tendenciosa. Temos que buscar entender este momento, o que mudou para o público cair tanto.
Alguns fatores, que potencializam esta postura da torcida, são claros. Abaixo, os listo, na ordem de importância:
1-Fase ruim do time;
2-Após ter uma espécie de 'pai' (o Tite) no comando, a Fiel não tem ainda confiança na comissão técnica;
3-Os erros administrativos da diretoria, que não tem uma política de utilização de jogadores da base e vende vários jogadores sem planejamento algum, e o pior, a preço de banana. Para fazer a quantia que outros times conseguem vendendo de 2 a 4 jogadores, o SCCP vende 15 e afeta demais o time. Isso aborrece e chateia a torcida;
4-A recente fase vitoriosa do SCCP, com uma sequência de títulos seguidos há vários anos, que tornou o clube o mais vitorioso do Brasil com 2 mundiais fifa, 1 Libertadores, 1 Recopa e 9 títulos nacionais (6 BR e 3 CB), além de ser o maior campeão do Paulistão e Rio-São Paulo. Todos os fatores acima já existiram na nossa história em algum momento, sendo que, em determinadas épocas, de forma bem mais acentuada.
Então, a fiel está abandonado o time?
Na minha análise não!
A fiel está numa fase confusa, de mistura de sentimentos, buscando ter seus parâmetros 'atualizados', de como ver o Timão nas competições atuais. A torcida se acostumou com muito taça erguida, sendo natural esta esfriada, já que alguns não vão à arena meio que para dar uma resposta aos dirigentes e ao time, algo normal. Mas isto é apenas ressaca da fase boa, coisa momentânea.
Se a fase ruim persistir, por exemplo, este sentimento de resposta se altera, e começa a nascer o sentimento de ter que apoiar para subir, 'a chave daria uma girada'. Isso claro, sem alterar o clima de pressão nos dirigentes, que acho que vai crescer.
Se o time, por ex, viesse em baixa, entre a 11ª e 10ª posição, e no segundo turno, encostasse no G4 e e tivesse essa posição atual, encostado no pilotão de cima, a coisa seria de euforia, de apoio total, assim como foi em 2014.
Quanto à teoria que o público da arena mudou, isto é bem questionável, pois sabe-se que a maior parte dos que vão na arena compareciam ao Pacaembu. E, mesmo no paca, já se existia esta critica aos 'neocorinthianos'.
Enfim, a fiel passa por esta fase de compreensão, de ter que se posicionar diante de uma circunstância diferente, circunstância esta que pode mudar, caso o time volte a vencer muito.
Modinhas? NUNCA! A FIEL nunca vai abandonar o Timão.
20 mil no período de baixa, de ressaca de títulos (todos os títulos possíveis), de irritação com dirigentes, é algo que nenhum outra torcida pode copiar no Brasil.
Os dois primeiros fatores (time e comissão técnica), os que mais influenciam neste quadro de queda de público, são passíveis de melhora, claro, dependendo de muitas atitudes da direção e dos atletas.
Resumindo, o público caiu, mas não se compara a queda que outros clubes tem, quando a coisa desanda um pouco em campo, aliada a outros fatores fortes, sendo que, no nosso caso, existe realmente esta confusão da fiel, esta ressaca de títulos (que nenhuma outra torcida já sentiu) e esta procura por novos parâmetros de análise.
Também tem que lembrar que o ingresso não sai barato para quem vai sempre. Norte e Sul sempre esgota, mas são setores menores do que a soma da arquibancada e tobogã do Paca.
Deveria ser uma prioridade da diretoria buscar as alternativas financeiras pra poder ir baixando o preço dos ingressos