Não tá fácil esse final de campeonato. Mas, só pra animar, acho que vale lembrar de algumas coisas.
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O ano passado começou uma beleza. Ano de Libertadores e a diretoria começou vendendo tudo e todos. Esburacaram nosso time. Venderam a zaga, o meio e o ataque. Ficamos sem Paulistão, sem Libertadores e sem Copa do Brasil. E com um time sofrido no Brasileiro. Pra arrematar, chamaram Oswaldo de Oliveira pra completar a obra. Acabamos sem vaga na Libertadores.
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Começou 2017 e efetivaram o interino. E não foi nem o Osmar Loss. Foi o Carille. Voltaram uns emprestados (Maycon e Moisés) e outros foram emprestados (Gustagol, Lucca e Yago). Venderam o Uendel. Trouxeram o Jô, que estava parado, e Jadson pra encerrar a carreira. Pra terminar, contrataram Karim, o 'gringo da favela'.
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Sinceramente, não parecia um ano pra acreditar em muita coisa. Começamos perdendo a Disney Cup para os Bambis (e nem podia ser diferente, vez que eles estavam em casa). A mídia desceu a lenha. Falaram que o Timão era a quarta força.
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Parecia que 2017 seria tal qual 2007. Campeão brasileiro apenas dois anos antes. Desmontado pelos cartolas. Desacreditado pela mídia.
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Mas que Timão. Sem técnico experiente. Sem elenco reserva. Desandou a jogar. Defesa forte, meio funcionando. Jô goleador como nunca. Campeão Paulista sem perder nenhum clássico.
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19 jogos do Brasileirão sem derrota. Cássio, Fagner e Rodriguinho na seleção brasileira. Balbuena e Romero na seleção paraguaia. Arana super valorizado, melhor lateral do Brasil.
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Apesar de toda a empolgação, era claro que em algum momento o negócio poderia enroscar. Não precisa ser esperto pra saber que não deve ser fácil jogar um campeonato longo sem banco.
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A mídia fez o que pode pra colocar pressão no time. Sem poder reclamar de uma eventual seca de gols, decidiram acusar nosso artilheiro de 'desonestidade'. Prato cheio para tantos maliciosos que conseguiram aparecer zicando o Timão ao longo de toda a temporada.
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Depois de tantas lambanças em 2016, a diretoria também não fez muito pra ajudar. A renovação do Pablo virou novela, prejudicando certamente o foco do atleta dentro do campo. E, no último domingo, o time perdeu levando gol de ninguém menos que um jogador do clube, emprestado sem cláusula de que não poderia jogar contra o próprio Corinthians.
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E agora vem a hora da verdade. Os 11 operários e mais alguns reservas que suaram a camisa e agitaram o 2017 dos corintianos contra as peppas com seu elenco caro e recheado com os destaques do último campeão da Libertadores, trazidos e bancadas pelos milhões da Crefisa.
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Eu continuo acreditando em Carille e companhia. Espero que ele tenha sabedoria pra usar o elenco que tem, de acordo com as peças que têm à disposição. E vou continuar aplaudindo cada um dos operários que entrar em campo, estando bem ou mal, independentemente da técnica ou do cansaço físico e mental do final de temporada.
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Pelas circunstâncias, esse ano poderia ter sido como 2007. Mas não foi. O que esse time fez valeu o ano de 2017. Eles merecem e vão faturar o título. 2017 é nosso. Vai Corinthians!