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Um pouco mais sobre Matheus Matias: Ele não dirige, foge como pode das câmeras e microfones, nunca g

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Publicado no Fórum do Meu Timão em 07/03/2018 às 12:02
Por leticia silva (@leehsilva)

Matéria do Yahoo, apesar de ser do Nicola é bem legal.

E trás que o Matheus já ganhou três quilos, precisa de no mínimo mais dois.

Ele não dirige, foge como pode das câmeras e microfones, nunca gostou de noitadas, namora a mesma menina desde os 15 anos de idade… O jeitão de Matheus, novo atacante do Corinthians, em nada se comparam com o perfil mais comum do jogador de futebol brasileiro. Mas o artilheiro do país na temporada já se acostumou a derrubar barreiras muito maiores do que o esteriótipo até chegar ao Parque São Jorge como reforço, em 10 de fevereiro.

'Meu pai sonhava em me ver jogando em um grande do país. Tanto que me deu o dinheiro que estava juntando para comprar uma casa para que eu pudesse fazer um teste na base do Cruzeiro”, relembra o potiguar, hoje com 19 anos de idade. “Foi minha única oportunidade em um time grande, mas não passei no teste”.

Willian, pai de Matheus, chegou a ser jogador de futebol profissional. Zagueiro viril, teve seus momentos de um pouco mais de destaque no Alecrim-RN e Vitória. “Mas ele precisou abandonar a carreira quando eu nasci, porque o futebol não estava dando dinheiro. A opção foi trabalhar vendendo peixe… e depois CD”, conta o atacante.

Por ironia do destino, apesar de todo esforço para ver o herdeiro alcançar a um clube grande, seu Willian faleceu bem antes de Matheus imaginar que seria contratado pelo atual campeão brasileiro.

O detalhe é que o Corinthians não foi o único interessado. “O Brasil todinho me queria”, diz, quebrando por alguns poucos segundos a timidez, que vem sempre acompanhada da voz baixa e respostas extremamente curtas. “Mas eu e meu empresário escolhemos o Corinthians, porque é o maior clube do país”, avalia, citando Diogo Silva, da Websoccer.

Matheus terminou 2017 no grupo composto por 97% dos jogadores brasileiros que ganham menos de um salário mínimo. Em outubro, quando foi promovido ao time principal do ABC, embolsava R$ 100 por mês – em alarmante crise financeira, o time de Natal teve de dispensar metade do elenco durante o Brasileiro da Série B após greve dos atletas. Foi nesse contexto, e com o time rebaixado à terceira divisão, que o centroavante ganhou as primeiras chances profissionais.

Antes disso, Matheus já vivia da bola, mas como peladeiro. “Eu passava o dia inteiro jogando. Tinha um moral no futebol amador de Natal”, confessa. O menino magricelo e fazedor de gols chegava a participar de jogos todo santo dia. “Numa semana excelente, cheguei a embolsar R$ 1.400. Mas era a exceção.”

Para reforçar equipes de futsal, society e até campo, Matheus tinha uma tabela de preço. “Em geral, cada jogo custava R$ 50. Quando era fora da cidade, saía por R$ 100. E, no interiorzão do estado, R$ 300. O pessoal ainda me buscava em casa, de carro, e devolvia depois.”

Os tempos de vacas magras ficaram para trás. O centroavante, que deve ser inscrito na semana que vem no Paulistão – e já está garantido na Libertadores -, assinou contrato de cinco anos com o Timão e ganha atualmente R$ 60 mil por mês – no último ano de vínculo, estará embolsando R$ 110 mil. “Quero muito dar um lar bacana para minha mãe e um futuro para minha irmã pequena”, afirma, citando dona Fátima e Nicole, de seis anos.

Uma das missões de Matheus até uma eventual estreia no mata-mata do Paulistão é ganhar peso: “Cheguei em São Paulo pesando 76 quilos e já estou com 79 quilos. O pessoal do Corinthians pediu para eu ficar com 81”, explica o atacante, que pela primeira vez na vida tem feito musculação.

Ainda assustado com a vida na cidade grande, Matheus conta com a ajuda de Diogo Silva e dos táxis. “Não tenho carta de motorista e não dirijo. Então, faço tudo o que preciso de táxi. Ainda bem que moro no Tatuapé, a 25 minutos do CT do Corinthians”, explica. “O Ralf também tem sido extremamente parceiro. Ele conversa comigo, dá dicas, orienta…”

O novo centroavante do Timão também é um romântico incorrigível. Ele passou a morar junto com sua esposa, Luana, poucos meses depois de conhecê-la – ambos tinham 15 anos de idade e estudavam na mesma escola. “Ela foi morar na minha casa, comigo e com meus pais.”

Com média de um gol por treino no Corinthians – ele chegou a marcar três na atividade desta terça-feira -, Matheus não tem Cristiano Ronaldo, Messi e companhia como ídolo. “Minha referência é o Wallyson, que tem uma história de vida bem parecida com a minha. Ele surgiu no ABC e conseguiu jogar em vários times grandes, como Cruzeiro, São Paulo. O legal é que o conheci agora, no ABC, e é um baita cara”, finaliza.

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