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Precisamos entender isso (inclusive eu): "O Corinthians é coletivo e tático"

Tópico popular Entenda as regras
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Publicado no Fórum do Meu Timão em 12/03/2018 às 11:44
Por Victor Hugo Silva Alves (@victor.hugo.silva.al)

Fazem 10 anos que o Corinthians implantou um filosofia de jogo baseada na consistência tática, principalmente a defensiva e no jogo coletivo.

Nesses anos tivemos um grande craque (Ronaldo) vestindo a camisa do Timão, ele fez algumas genialidades, mas no fundo sempre foi o jogo coletivo, foi a consistência tática que falou mais alto. Para Ronaldo jogar o time sacrificava Jorge Henrique e Dentinho.

Vários anos se passam e o Corinthians continuou a jogar da mesma forma, com Tite e Mano se revesando no comando. E nesse contexto você não viu nenhum jogador ficar muito acima dos demais. Tivemos excelentes jogadores que participaram de um jogo coletivo quase único no Brasil, entre eles Paulino, Elias, Danilo, Renato Augusto, Jadson e Guerrero. E outros que deram esse suporte muito bem Ralf, Elias, Guilherme e Gabriel.

Além disso consagramos vários zagueiros: Gil, Felipe, Chicão, Paulo André, Balbuena, Anderson Martins e Pablo. Pois um sistema defensivo robusto sempre proporcionou a esses jogadores desenvolver seu potencial técnico.

Percebemos também que no período alguns jogadores foram sendo descartados do processo, pois não tinham senso coletivo, a maturidade tática exigida para jogar bem no 'novo' Corinthians. Foi assim com Pato, Douglas, Marlone, Giovanne Augusto e Guilherme.

Nesse contexto precisamos olhar para a situação da base. O Corinthians já não tem um histórico de aproveitamento forte da base, com essa filosofia fica mais difícil, não adiante ser bom de bola (e lá tem muita gente boa de bola), mas é necessário maturidade tática e consciência coletiva.

Não é fácil achar um garoto como Maycon (subvalorizado, esse menino não vale apenas 20 milhões) ou olhando para o passado recente o Malcon. Esse Malcon que brilha na Europa pelo comprometimento tático, sua habilidade com a bolsa ressalta em momentos importantes, mas o seu compromisso com o time lhe faz jogar regularmente.

Com tudo isso, entendo as vezes o Carille em demorar a lançar um jogador, segurar um cara da base. Ele espera o cara atingir o mínimo de consciência tática. Nessa engrenagem que o Corinthians virou, uma peça errada faz tudo errar.

Então temos sempre que olhar como o jogador se encaixa nesse coletivo. Não adianta somente qualidade.

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