Fagner, lateral-direito do Corinthians e da seleção, ao lado do pai, na década de 1990.
Vinte anos depois, Calixto usufrui daquilo que a falta de tempo lhe impedira no passado: é ele quem leva Henrique, com quase nove anos, aos treinos no Parque São Jorge às segundas e quartas-feiras. A semelhança física ajuda nessa espécie de reconstrução da bela trajetória de Fagner no futebol, pois pai e filho são idênticos - não à toa o carismático Henrique ganhou o apelido de Mini-Fagner.
Nos últimos meses, o menino já bateu bola com Neymar, Jadson e Pedrinho, treinou com os jogadores do Corinthians no campo, deu entrevistas e até ganhou um vídeo com melhores momentos na TV oficial do clube alvinegro. Na última sexta-feira (15), o Mini-Fagner também bateu bola com o atacante Gustagol em um dos gramados do CT Joaquim Grava.
Fagner e Henrique deram os primeiros passos no futebol de maneira distinta. O lateral do Corinthians começou no campo e depois passou ao futsal. O filho faz o caminho inverso e deve migrar para os gramados daqui a dois anos - o garoto, apesar disso, mostra intimidade no terreno: em janeiro, deu chutes certeiros em um treino no CT corintiano.
Calixto, que já foi testemunha de uma história de sucesso, mantém os pés no chão, tal como fez com Fagner. Ele ressalta que o neto deseja ser um jogador de futebol, mas que usará o mesmo discurso do passado. 'É uma caminhada muito longa, muita coisa muda no caminho. Não basta saber jogar, tem outros fatores que fazem dar certo', frisou, sem deixar de mostrar otimismo e torcida em relação ao segundo boleiro da família.
Mano, se menino tiver cabeça boa, se a diretoria não der mancada, se não aparecer um empresário desses escrotos que acabam com a carreira de jogador e se for de fato bom de bola, quando começar no profissional, já começa como ídolo...
Conheço esse moleque antes de ele andar e nunca o vi pessoalmente!