Há algum tempo atrás vi Alex (ex-peppas) dando uma entrevista onde comentava sobre como jogou atrás da linha dos volantes na Turquia. Isso abriu minha mente pra algo que eu já havia notado em alguns jogos, mas não identificava completamente. Pra mim era uma questão relacionada à dinâmica das situações em uma partida. Mas não era.

Com a entrevista, lembrei imediatamente de Pirlo (que é citado no vídeo mais abaixo, a partir do momento 3:04). E também da Seleção de 1970, onde Gerson tinha uma liberdade absurda pra passar e lançar.

Ora, se o meio do campo é um lugar de glória para quem raciocina rápido, ou se movimenta da mesma maneira, como fazer com que um meia de excelente passe, mas pouca combatividade, se destaque? Parece tão óbvio quanto pouco usado hoje no Brasil: trazendo o jogador para o espaço entre os volantes e a zaga. Ali, ele só terá o enfrentamento dos meias mais criativos e dos atacantes adversários, que normalmente são conhecidos por não gostar de marcar.

No atual elenco temos dois jogadores cujas características principais são as mesmas: o passe muito bom e a baixa capacidade de combater. Claro que falo de Jadson e Sornoza.

Pra nossa felicidade temos também outros volantes que podem fazer o escudo (shield) citado no vídeo): Ralf, Urso, Ramiro, Thiaguinho, e até mesmo Vital, se for testado e corresponder.

Há uma condição para que isso seja aplicado, e é justamente ai que o desafio começa. Carille teria que mudar um bom tanto o seu 4-5-1. Pra escalarmos Jadson ou Sornoza como 'regista', seria prudente escalar outros dois volantes. Até aí sem muitos problemas, uma vez que Carille já jogou até com três destes. Mas os extremos que ele tanto preserva teriam que ser modificados, pois passaríamos a jogar mais com os laterais.

Sem mudar muito os nomes, a escalação seria algo assim:

Cássio; Fagner, Manoel, Henrique, Avelar; Sornoza (ou Jadson); Ralf, Urso; Pedrinho; Love e Gustagol (ou qualquer dupla possível entre as opções disponíveis: Clayson, Love, Boselli, Gustavo, e até seria possível dar nova chance a André, se já não tivesse sido emprestado. Porque estes atacantes que viraram extremos poderiam jogar como 7 à moda clássica.

*Observem que o ';' muda 'o setor' (ou linha) da formação. O esquema é um 4-4-2 com o meio em losango. Mas se fosse pra nomear segundo a moda atual, poderíamos chamar de 4-1-2-1-2. Hahahaha

Não é nova esta ideia. A inciativa de compartilhar este pensamento veio porque feliz e coincidentemente achei este vídeo muito bacana deste canal gringo que sigo. Aliás, fica a recomendação.

Vamos trocar uma ideia a respeito.