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Não existe profundidade com pés trocados

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Publicado no Fórum do Meu Timão em 22/07/2019 às 08:29
Por Vinicius Rebouças (@vinicius.reboucas1)

Não existe profundidade com pés trocados

Canhoto aberto na direita e destro aberto na esquerda é um estilo mais velho que a moda de cuspir ou a posição de... Enfim, nada vanguardista. O técnico que opta por isso é geralmente tem em mãos jogadores velozes, habilidosos e, principalmente, de pontaria perfeita.

Afinal, não existe profundidade com pés trocados. Porque o jogador sempre vai puxar para a perna boa, ou seja, para o meio, e tentar a batida ou um passe para o central, ou uma elevação pouco contundente para o centroavante que estará de costas para o gol. Afunila a jogada sempre. Atrasa o ataque.

Quando o jogador não puxa para a 'perna boa' e leva a bola até a linha de fundo, abre-se três opções: rifar um cruzamento com a 'perna ruim'; atrasar (de novo) o lance para voltar um passo e cruzar com 'a boa'; tocar a chegada do lateral. Todas três são opções ruins. Matam a relação velocidade/precisão. Quando rápido, é torto, para fora ou na cabeça do zagueiro. Quando é preciso, é lento o suficiente para a recomposição defensiva do adversário e tira o ímpeto (e a força na batida ou cabeceio) do finalizador.

É por isso que a necessidade de laterais que apoiam, nessa formação, é enorme. E se os laterais não fazem isso, o esquema desaba. Porque o centroavante nunca receberá dos pontas um cruzamento rápido e preciso, nas costas da marcação e de frente para a meta.

O Bayern de Jupp Heynckes faturou a tríplice coroa, antes da chegada de Guardiola, jogando dessa forma. A diferença é que havia uns tais de Arjen Robben e Franck Ribéry no time. O homem a ser servido era ninguém menos que Thomas Müller, jogando atrás de um Mandzukic (ou Mário Gomez), taticamente essenciais para puxar marcação e fazer o pivô, mas isolados entre os marcadores adversários.

Precisão é o nome dessa formação.

É isso que Carille tenta, sem sucesso, copiar. Algo que já passou e não funciona mais. Algo que funcionou pelas exímias qualidades de chute, do Robben, e de assistências, do Ribéry. Capitalizadas por Müller no auge da forma. Precisos e rápidos.

Não é o caso de Clayson, Sornoza e, infelizmente, Pedrinho, apesar de ser o único com qualidade técnica (e apoio do lateral) suficiente para dar cabo dessa demanda no Corinthians.

A qualidade de finalização nesse time está, exclusivamente nos currículos dos centroavantes. Jadson é a exceção. Mas está fora de forma. Então, quando se tem Vagner Love, Boselli e Gustavo dentro da área, e falta um Jadson (no áuge) pelo meio, pés trocados não é a melhor opção.

Nessa hora, menos é mais. É só fazer o simples, Carille. Inverte os pontas...

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