Sei que muita gente odeia a política porque acaba relacionando com Brasília, mas o fato é que política está presente em toda nossa vida desde que somos apenas crianças.

Wagner Mancini chegou num time claramente rachado e que nós sabemos que tem seus medalhões derrubadores de treinador, dentre eles o multicampeão Cássio.

É praticamente unanimidade que Walter pegou tudo no último jogo e deveria ser mantido titular. A pergunta é: Teria Mancini tamanha audácia de tirar o maior campeão do elenco logo na chegada, correndo o risco de perder o vestiário?

Me parece que a estratégia usada é a política, e acredito que seja a única opção viável no momento. Elogia o Walter, rasga seda para o reserva que sempre que entra joga mais que o titular. Depois, recoloca Cássio no time e dá tempo para que ele mesmo confirme sua situação: SE PEGAR TUDO QUE SABE, FICA. SE CONTINUAR VACILANDO, SAI. E aí, sai por mérito, e não por 'perseguição do novo treinador'.

Tirar o Cássio agora é querer colocar seu pescoço à prêmio diante do elenco.

Dar algumas rodadas e uma corda bem firme para ele mesmo se enforcar é muito mais inteligente. Sem contar que a única contra indicação pra isso seria a volta por cima por parte do goleiro corinthiano que, cá entre nós, a gente volta e meia odeia mas ama.