Rony seria uma grande contratação? Sim. Necessitamos de outro jogador de lado para qualificar ainda mais nosso elenco. Até aí, tudo bem. O problema é que, infelizmente, estamos em uma delicada e preocupante situação financeira.

Os valores para sua contratação não são nada modestos. Pelo contrário. Isso, sim, também precisa ser levando em conta. Por outro lado: ninguém sabe realmente o tamanho das nossas dívidas. Será que vale a pena gastar mais e ficar com déficit ainda maior?

Alguns podem pensar: “mas, se você qualifica o time, podemos ganhar títulos e, claro, ganhar mais grana”. Existe um fundo de verdade nisso. Claro, se fosse em um cenário positivo. Em 2019, fechamos com quase R$ 200 em déficit. Ou seja, não podemos gastar tanto.

Vide as situações do Bruno Mendez e do Cantillo. Contratamos e não pagamos. Isso é surreal. Um jogador que já foi apresentado e ainda não pode entrar em campo oficialmente. Isso pode até ser regularizado hoje ou amanhã. Mas, porque precisamos ter, outra vez, a fama de caloteiro e até ser levado o caso à Fifa (Bruno Mendez)? Esqueça esquemas com empresários ou qualquer outra maracutaia, e responda: você venderia seu atleta para o Corinthians com essa série de calotes?

E como vamos fazer com novas dívidas? Estádio é o maior exemplo dessa realidade. Acho que é consenso entre grande parte da torcida que a nossa diretoria não é transparente. São desculpas para cada caso. Tem sempre uma resposta na ponta da língua quando é questionado de algum erro (ou falcatrua) administrativo.

O dinheiro não é deles, certo? Na minha modesta opinião, estão pouco se lixando para isso. É só ver o exemplo do Davó. Sequer foi destaque no Guarani e, mesmo assim, decidiu-se investir em sua aquisição.

Estamos a menos de um ano da nova eleição. É a oportunidade de mudar. Hoje, infelizmente, não existe uma perspectiva de que essa gangue deixe o comando do Corinthians. O que será feito? A resposta está nas mãos de poucas pessoas, os associados. E aí, torcedor? O que esperar do Corinthians para o futuro?

Um Corinthians que possa brigar administrativamente de igual para igual contra os grandes brasileiros (afinal de contas, em campo, tudo acontecer. Ganhar ou perder. Isso faz parte) ou a possibilidade de se tornar um novo Cruzeiro, recheado de dívidas e sem saber o que fazer?