Que o multicampeão pelo clube, Fábio Santos, compromete muito no setor todos nós já sabemos. Os jogos escancaram o declínio técnico, tático e físico do lateral esquerdo alvinegro.

Fábio se tornou um problema que diretoria e comissão técnica insistem em fazer parecer difícil de resolver, com a falsa impressão de que não há substituto e - o pior dos mundos - renovando com o veterano.

Lucas Piton já provou ser um atleta promissor na posição, ainda que necessite uma boa lapidação nos seus atributos defensivos. Ataca bem, faz bons cruzamentos - ponto em que o camisa 26 tem sido péssimo - e tem vigor físico para aguentar em bom ritmo os 90’ de uma partida.

Reginaldo desponta como o mais provável sucessor da posição com as suas atuações pela base do Corinthians. Com uma expectativa acima até do Piton, que já tem rodagem no profissional. Foi um dos melhores jogadores do Brasileiro Sub-20 e muitos dos que acompanham a base do clube já pedem o atleta no principal.

Resta saber se diretoria e comissão técnica (seja ela qual for) darão a confiança necessária para os jovens Piton e Reginaldo para sucederem naturalmente a lateral esquerda ou se manterão firme a posição conservadora de sustentar um jogador que tem contribuído quase exclusivamente com suas cobranças de pênaltis.

Acreditar na base é um ato de coragem, que Duílio a tenha ao término da temporada quando analisar nomes para o comando técnico da equipe para 2022.