Emerson Piovesan, responsável pelas finanças do clube deu uma entrevista expondo a atual situação da Arena.
A meta para 2016 em termos de renda da Arena foi reduzida para R$ 127 milhões, de acordo com a proposta orçamentária apresentada em dezembro de 2015, mas o estádio arrecadou pouco mais de R$ 80 milhões até agora e deve fechar o ano em cerca de R$ 90 milhões brutos, 30% abaixo da meta e menos da metade da projeção inicial.
Desse valor, são descontados cerca de R$ 2,5 milhões gastos por mês com manutenção.
Além dessas despesas, o clube tem de pagar R$ 5 milhões por mês para quitar o empréstimo do BNDES. Tem prazo de 12 anos para isso. Mas o Corinthians renegocia com a Caixa Econômica Federal, banco público designado para repassar o valor, a extensão da carência – que era de 19 meses, ao contrário dos 36 meses dados a outros estádios do programa ProCopa (linha de financiamento do BNDES para as obras).
– Todas as arenas que utilizaram o programa ProCopa do BNDES têm 36 meses de carência, e o Corinthians teve só 19 meses de carência. Solicitamos extensão de 17 meses e iniciamos a negociação por isso – afirma o diretor financeiro do Corinthians e do fundo que administra a arena, Emerson Piovezan.
– Começamos a fazer a gestão da arena no começo de 2015 porque em 2014 estava locada à Fifa, com as arquibancadas móveis, terminou a Copa teve de desmontar. Tudo isso atrapalhou. A gente não tinha como fazer uso adequado da arena. Isso nos levava a um problema de dificuldade na busca de receita para honrar as PMTs (Pagamento Mensal das Prestações) que estamos falando. Só que o prazo da carência já corria. A Caixa se sensibilizou e a partir daí passamos a discutir vários outros pontos – completa o dirigente.
Piovezan explica que a presença da torcida na arquibancada é muito boa, mas se esperava mais receitas com cadeiras e camarotes.
– A gente alcançou muito pouco (da meta). Nossa capacidade de geração de receita é boa, só que em função dessa realidade do país não conseguimos explorar tantas propriedades. Nós tínhamos uma meta de R$ 127 milhões em 2016, atingimos até o momento R$ 80 milhões, R$ 90 milhões, incluindo bilheteria. O que acontece? Essa engenharia financeira parte de alguns princípios: quanto tem capacidade de arrecadação a arena? A meta é R$ 70 milhões ou R$ 80 milhões de bilheteria, o resto de outras propriedades. Neste ano, atingimos a meta de bilheteria, mas não explorando as outras propriedades que é cadeira, camarotes.
Com a negociação, foram suspensos pagamentos de parcelas até abril. Desde maio, o clube paga somente os juros correspondentes à dívida, ficando com duas parcelas a serem incorporadas à negociação no futuro próximo.
Alguns fatores limitam a receita e travam a engenharia financeira projetada pelo Corinthians.
1) A principal delas é a venda do naming rights, que deveria ter sido fechada até fevereiro de 2012 e que renderia R$ 400 milhões em 20 anos (R$ 20 milhões por ano);
2) O clube também não consegue negociar outras propriedades do estádio. Dos 89 camarotes, apenas 14 estão alugados;
3) O aluguel de cadeiras especiais (as chamadas PSL) também é decepcionante. Das 9,6 mil, foram vendidas menos de 3 mil.
– Eu, como corintiano, sempre sonhei ter um estádio. O estádio custou caro e nós temos de pagar. E acreditamos que, com a força da nossa torcida, vamos pagar. É uma questão de adequar a forma de pagamento. Quando o estádio estiver totalmente pago, será de grande importância para o clube. Imaginem uma receita (líquida) com mais de R$ 100 milhões por ano para o clube só com o estádio – completa Emerson Piovezan.
Lembrando que de janeiro até outubro a Arena arrecadou 56 milhões que são de bilheteria e os outros 35 milhões são de outras receitas como camarotes, explorações comerciais, alugueis para eventos, estacionamento...etc .No ano passado o clube arrecadou 90 milhões.
Se somarmos 90 milhões de 2015, mais os 90 esperados para esse ano e mais 30 milhões em 2014...teremos 210 milhões de renda em 2 anos e meio desde a Inauguração da Arena, ou seja...A situação não esta tão desesperadora como a imprensa anti quer nos fazer acreditar!
Obs: os CIDS podem ser vendidos abaixo do seu preço total que hoje está em 450 milhões de Reais, algumas empresas procuraram o clube interessadas, mas querendo desconto de 30% no preço de cada papel dos CIDS e o clube não aceitou ...se eu fosse o clube ofereceria 20% de desconto e o clube venderia rápido esses papeis..
Obs: se o clube aceitasse vender os CIDS com 30% de desconto, arrecadaria só 315 milhões...
Com 20% seriam arrecadados 360 milhões, mas pelo menos venderia mais rápido...
Esses pilotos de teco-teco que estão comandando o Boeing Arena Corinthians estão há 3 anos dizendo que não podem fechar nenhum contrato lá porque tudo depende do NR de R$ 400 milhões que eles vão fechar daqui 2 semanas ou 2 meses.
E porque não criar um fundo para o corinthiano que se sentir a vontade realizar depósitos de acordo com sua vontade diretamente para pagar a Arena? Sem obrigatoriedade de nada, eu ao menos tentaria contribuir todos os meses! O que são 4 cervejinhas a menos no boteco? Seria um dinheiro que eu não sentiria falta e veria com bons olhos o destino!
A Arena é uma maquina de fazer dinheiro, de gerar receitas além de bilheteria...mas nas mãos de pessoas certas e não gerida por semi analfabetos oportunistas como os que lá estão...