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Fórum do Corinthians

Atual cenário financeiro da Arena Corinthians

Tópico Lendário Entenda as regras
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Renan 119 posts

Publicado no Fórum do Meu Timão em 03/11/2016 às 18:59
Por Renan Oceannic (@renan.oceannic)

Emerson Piovesan, responsável pelas finanças do clube deu uma entrevista expondo a atual situação da Arena.

A meta para 2016 em termos de renda da Arena foi reduzida para R$ 127 milhões, de acordo com a proposta orçamentária apresentada em dezembro de 2015, mas o estádio arrecadou pouco mais de R$ 80 milhões até agora e deve fechar o ano em cerca de R$ 90 milhões brutos, 30% abaixo da meta e menos da metade da projeção inicial.

Desse valor, são descontados cerca de R$ 2,5 milhões gastos por mês com manutenção.

Além dessas despesas, o clube tem de pagar R$ 5 milhões por mês para quitar o empréstimo do BNDES. Tem prazo de 12 anos para isso. Mas o Corinthians renegocia com a Caixa Econômica Federal, banco público designado para repassar o valor, a extensão da carência – que era de 19 meses, ao contrário dos 36 meses dados a outros estádios do programa ProCopa (linha de financiamento do BNDES para as obras).

– Todas as arenas que utilizaram o programa ProCopa do BNDES têm 36 meses de carência, e o Corinthians teve só 19 meses de carência. Solicitamos extensão de 17 meses e iniciamos a negociação por isso – afirma o diretor financeiro do Corinthians e do fundo que administra a arena, Emerson Piovezan.

– Começamos a fazer a gestão da arena no começo de 2015 porque em 2014 estava locada à Fifa, com as arquibancadas móveis, terminou a Copa teve de desmontar. Tudo isso atrapalhou. A gente não tinha como fazer uso adequado da arena. Isso nos levava a um problema de dificuldade na busca de receita para honrar as PMTs (Pagamento Mensal das Prestações) que estamos falando. Só que o prazo da carência já corria. A Caixa se sensibilizou e a partir daí passamos a discutir vários outros pontos – completa o dirigente.

Piovezan explica que a presença da torcida na arquibancada é muito boa, mas se esperava mais receitas com cadeiras e camarotes.

– A gente alcançou muito pouco (da meta). Nossa capacidade de geração de receita é boa, só que em função dessa realidade do país não conseguimos explorar tantas propriedades. Nós tínhamos uma meta de R$ 127 milhões em 2016, atingimos até o momento R$ 80 milhões, R$ 90 milhões, incluindo bilheteria. O que acontece? Essa engenharia financeira parte de alguns princípios: quanto tem capacidade de arrecadação a arena? A meta é R$ 70 milhões ou R$ 80 milhões de bilheteria, o resto de outras propriedades. Neste ano, atingimos a meta de bilheteria, mas não explorando as outras propriedades que é cadeira, camarotes.

Com a negociação, foram suspensos pagamentos de parcelas até abril. Desde maio, o clube paga somente os juros correspondentes à dívida, ficando com duas parcelas a serem incorporadas à negociação no futuro próximo.

Alguns fatores limitam a receita e travam a engenharia financeira projetada pelo Corinthians.

1) A principal delas é a venda do naming rights, que deveria ter sido fechada até fevereiro de 2012 e que renderia R$ 400 milhões em 20 anos (R$ 20 milhões por ano);

2) O clube também não consegue negociar outras propriedades do estádio. Dos 89 camarotes, apenas 14 estão alugados;

3) O aluguel de cadeiras especiais (as chamadas PSL) também é decepcionante. Das 9,6 mil, foram vendidas menos de 3 mil.

– Eu, como corintiano, sempre sonhei ter um estádio. O estádio custou caro e nós temos de pagar. E acreditamos que, com a força da nossa torcida, vamos pagar. É uma questão de adequar a forma de pagamento. Quando o estádio estiver totalmente pago, será de grande importância para o clube. Imaginem uma receita (líquida) com mais de R$ 100 milhões por ano para o clube só com o estádio – completa Emerson Piovezan.

Lembrando que de janeiro até outubro a Arena arrecadou 56 milhões que são de bilheteria e os outros 35 milhões são de outras receitas como camarotes, explorações comerciais, alugueis para eventos, estacionamento...etc .No ano passado o clube arrecadou 90 milhões.

Se somarmos 90 milhões de 2015, mais os 90 esperados para esse ano e mais 30 milhões em 2014...teremos 210 milhões de renda em 2 anos e meio desde a Inauguração da Arena, ou seja...A situação não esta tão desesperadora como a imprensa anti quer nos fazer acreditar!

Obs: os CIDS podem ser vendidos abaixo do seu preço total que hoje está em 450 milhões de Reais, algumas empresas procuraram o clube interessadas, mas querendo desconto de 30% no preço de cada papel dos CIDS e o clube não aceitou ...se eu fosse o clube ofereceria 20% de desconto e o clube venderia rápido esses papeis..

Obs: se o clube aceitasse vender os CIDS com 30% de desconto, arrecadaria só 315 milhões...

Com 20% seriam arrecadados 360 milhões, mas pelo menos venderia mais rápido...

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Marcos 7.382 posts

@valdemir em 03/11/2016 às 20:26

O fato é que nossa arena é cara.

Foi uma megalópole pensada pelo senhor Andrés que se a grandeza do clube acompanhasse, teríamos condições tranquilas de pagar, mas tanto Gobbi quando Andrade rebaixaram o nível do status que o Corinthians estava se encaminhando.

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Itamar 63.331 posts

@sr.fulano em 03/11/2016 às 20:23

POR QUE HOJE CHAMAM ARENA E NÃO ESTÁDIO? São chamadas arenas, por que fazem shows, pra isso são criadas e é isso que fazem elas serem rentáveis e viáveis.

O grande problema dessa arena é o conceito dela. Nunca vi uma arena que não faça shows. Acham que empresas vão gastar dinheiro com camarote em um pais com economia frágil e em recessão só pra ver jogo de futebol? Nuca!

Este é o grande problema! Ou já disse aqui, deveria tem gastado menos e ter feito um estádio com gramado móvel, assim poderia ter vários shows sem prejudicar o gramado.

Sei que o gramado da arena é especial, mas talvez seria o caso de analisar se no período que o Corinthians ficar sem jogos na pré temporada fazer shows na arena.

E o negócio não seria apenas alugar o estádio que não rende muito, mas sim junto com uma empresa de eventos fazer uma parceria e assim dividiriam a renda de vários shows.

É assim que a W Torres esta recuperando o dinheiro no estádio do Palmeiras.

Com alguns shows, mesmo que fosse na forma de aluguel da Arena que segundo vi em sites pode ficar no valor de 2 milhões se fizessem no período que não tem futebol uns 10 shows, já seriam 20 milhões. Em 1 mês já daria uma ajuda grande para as contas.

NÃO FAZER SHOWS NA ARENA É UM GRANDE ERRO!

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Marcos 7.382 posts

@valdemir em 03/11/2016 às 20:22

O que ninguém se preparou ou mesmo previu era a ação dos antis em cima da nossa arena, primeiro boicotando, inventando um apelido que inclusive muitos da própria torcida ajudam a disseminar, depois vem a incompetência em negociar quando ainda era tempo, exigindo um valor surreal para alguém que sempre teve contestado a sua construção. Se o Andrés aceitasse 300 milhões, já teria vendido em 2014. Agora vem esse jornalista petista de uma figa, ficar inventando essas notícias em cima da nossa arena.

Estamos sendo minados pela mídia e todos os presidentes que passaram desta chapa, nada fizeram, nem Andrés, Gobbi ou esse banana.

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Sergio 23.508 posts

@srpardo em 03/11/2016 às 20:04

Eu estou começando a me preocupar com isso

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Rodrigo 5.739 posts

@r.braga em 03/11/2016 às 19:46

Custo operacional muito alto. Beira entre 48 e 52% da arrecadação. Tem que olhar isso ai.

Tem que parar de falar em FORÇA DA TORCIDA. A torcida cansou da FORÇA DA DIRETORIA EM SUMIR COM DINHEIRO. Comecem fazer um trabalho sério que assim a confiança da torcida volta.

Somente 14 camarotes alugados, isso não é crise. Isso é descontentamento!

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Paulo 13.845 posts

@paulo.52 em 03/11/2016 às 19:44

Situação é preocupante, sim, pois à medida em que tenhamos times mais fracos teremos menos arrecadação para o Fundo que administra a Arena. O Clube, por sua vez, para manter o futebol competitivo, teria que gerar fontes de receitas adicionais, já que a bilheteria está ''penhorada''. Por exemplo:

1) Venda de jogadores realizadas de forma mais lucrativa. Mas isso é impossível, pois os direitos econômicos dos mesmos estão fatiados e a diretoria libera por merreca, basta o pé na bola dizer que quer ir embora. Pra mim, uma justificativa inaceitável (se apresentada de forma isolada). Esse círculo vicioso, se poderia, eventualmente, ser justificável, no início das gestões da R e T (quando o Clube tinha menos recursos), há anos que já não é, e o grupo no poder nunca fez nada para mudar isso. Ao contrário, Bob já disse que ''vai continuar'', que ''não tem jeito'';

2) Repactuação radical do nefasto contrato com a OMNI, que poderia render até uns 20 milhões de reais adicionais, por ano, com tendência a crescimento, se mantivermos o futebol competitivo (tudo passa por esse objetivo imediato e permanente);

3) Marketing mais agressivo;

4) Direitos de TV melhor negociados, inclusive com a diretoria trabalhando com a possibilidade de sair do jugo da Globo, a médio e longo prazos.