Para quem não conhece a história, aqui tem um link com o resumo:
https://www.uol.com.br/esporte/ultimas-noticias/enm/2021/11/24/brasileiro-vira-heroi-improvavel-do-milan-e-ganha-destaque-na-italia.htm Júnior Messias: quem é brasileiro que virou herói improvável do Milan? Atacante marcou gol que deu a vitória ao clube italiano contra o Atlético de Madri pela Liga dos Campeões uol.com.br

Em suma - a história dele é realmente inspiradora do ponto de vista pessoal: Não conseguiu vingar como jogador profissional ainda jovem, e foi para Itália trabalhar como entregador de eletrodomésticos enquanto atuava no futebol amador. Apenas com 24 anos conseguiu espaço para jogar na quarta divisão italiana. E com 28 anos, conseguiu primeiro contrato profissional com um time mais próximo da primeira divisão, o Crotone, onde conseguiu, aos 30 anos, sem emprestado para o Milan, um dos clubes mais tradicionais do mundo. É tipo de história que mostra que nunca é tarde para perseguir os próprios sonhos.

Mas do ponto de vista do torcedor, uma contratação assim inspira muito desconfiança do que admiração. Sejamos justos - se ele tivesse sido emprestado ao Corinthians ao invés do Milan, todo mundo aqui meteria o pau na diretoria, com razão - queremos o melhor para o clube, o mais seguro, e dificilmente alguém com essa história de vida poderá ajuda da forma que queremos o Corinthians, no qual nosso ponto de vista está fixado. Só comparar ele com qualquer um dos nossos 4 reforços - Pra começar o Willian, cogitado no próprio Milan antes de vir para cá e com carreira notável no futebol inglês e seleção; Renato Augusto, titular da seleção por anos no último ciclo da Copa e craque do Brasileirão pelo Corinthians; Giuliano, craque da Libertadores pelo Inter em 2010, passagem impactante no Grêmio e boa carreira no futebol europeu também; Por fim Róger Guedes, o mais novo, mas com destaque no Palmeiras e Galo.

Esses 4 tem o perfil de contratação que qualquer torcedor quer - jogadores com carreiras sólidas e passagens impactantes e vitoriosas nos clubes que jogou (clube com pretensões próximas ou maiores que o clube), não uma história novelesca de superação de um cara que se profissionalizou com 24 anos e nunca tinha jogado em um time próximo ao Milan até os 30 anos. Isso significa que o primeiro perfil terá mais sucesso que o segundo? Não necessariamente, mas a tendência disso acontecer é fortíssima. E para o torcedor, isso é tudo que importa. Não queremos uma história bonita para contar, queremos uma história vitoriosa para contar.