Desfalcado pela Covid-19, Corinthians perde do San Lorenzo e cai na semi da Libertadores de Futsal
O Corinthians tentou, mas não foi capaz de superar a boa preparação do San Lorenzo e os desfalques causados pela Covid-19 na equipe. Sem três jogadores, sendo dois titulares, treinador e auxiliar-técnico, o Timão acabou derrotado pelos argentinos por 2 a 1 na noite desta sexta-feira, em Florida, no Uruguai, pela semifinal da Libertadores de Futsal.
Um pouco desencontrada, a equipe saiu atrás e viu o rival abrir 2 a 0 ainda no primeiro tempo, com Pescio e Stazzone. Os alvinegros pressionaram com dez minutos de gol-linha, diminuíram com Batalha, mas não conseguiram ao menos empatar para levar à prorrogação.
A equipe define o terceiro lugar do torneio com o Delta Te Quiero, rival na primeira fase, neste sábado, enquanto o San Lorenzo encara o Carlos Barbosa na final, no mesmo dia.
Escalação
Sem o comando de André Bié, que teve um teste positivo para a Covid-19, assim como outros membros da delegação alvinegra no Uruguai, o Corinthians foi treinado por Marcelo Galina, preparador de goleiros. Sem Careca, Jackson e Rafa, o Timão entrou em campo com: Jholl, Batalha, Henrique, Tatinho e Deives.
Primeiro tempo
O primeiro tempo começou bastante complicado para o Corinthians, que buscava abrir espaço na zaga adversária com a posse de bola, mas, assim como aconteceu nos jogos anteriores, tinha problemas na hora de conter o contra-ataque do adversário. E foi assim que, aos cinco minutos, Jholl parou lance cara a cara com Cuervo.
O Timão seguiu buscando construir o jogo, mas a marcação pressão do San Lorenzo dificilmente era superada pelo 3-1 corinthiano. Algumas das raras escapadas saíam apenas com a presença de Éder Lima em quadra, já que o pivô tinha a capacidade de segurar a bola na referência.
Sem o mesmo encaixe defensivo, no entanto, o Timão viu o adversário sair na frente em chute de média distância que Henrique travou parcialmente. Jholl fez linda defesa na primeira oportunidade, mas acabou vendo Perscio bater para abrir o placar na sequência.
Ainda antes do intervalo, a situação ficou pior. Depois de perder Henrique em uma dividida com Stazzone, o Timão viu o capitão adversário limpar Fernandinho com facilidade e ampliar a vantagem dos argentinos.
Segundo tempo
O Timão voltou melhor para a etapa final, empurrando o adversário para trás e conseguindo boas jogadas no mano a mano. Ainda que quase tenha levado o terceiro em jogada de falta ensaiada dos argentinos, o clube passou a se impor fisicamente e apostou até numa formação com dois pivôs em campo - Éder Lima e Guilhermão.
Em um grande lance de Guilhermão, aliás, o Corinthians perdeu chances incríveis em sequência. Ele girou sobre a marcação e finalizou no travessão. A bola voltou para Deives, sem goleiro, e o corinthiano desviou de direita. A redonda foi na trave e, na volta, Deives não conseguiu concluir.
Restando nove minutos o Timão resolveu mandar a campo o goleiro-linha com Batalha, que não demorou a dar resultado: após boa movimentação, bola no fundo e gol de joelho dele mesmo, diminuindo a desvantagem.
O gol-linha seguiu em quadra, mas um ajuste dos argentinos, que passaram a fazer trocas defensivas, travou a movimentação alvinegra. Salvo duas finalizações travadas, o Timão esteve mais perto de tomar o terceiro em roubadas de bola do adversário do que de igualar.