Corinthians deixa futebol em segundo plano ao escolher novo diretor
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Andrés Sanchez nomeou Roberto Andrade como diretor de futebol para dar visibilidade ao dirigente. Por onde passa, o presidente corintiano apresenta Andrade como seu candidato na próxima eleição no Corinthians. Oifcialmente, diz não ter definido seu apoio.
Mário Gobbi também foi parar nesse posto pelo mesmo motivo. Tinha a simpatia de Andrés e havia ajudado o cartola a se eleger. Quem quer ser presidente precisa ser conhecido, tem que dar entrevista. Apesar de a torcida não votar.
Quando assumiu, Gobbi disse que era só um torcedor e que não entendia de futebol. Andrade também não tem experiência no departamento. Nunca foi diretor-adjunto ou atuou nas categorias de base.
E o que isso tem a ver com o time? Sem um diretor que tenha condições técnicas de discutir contratações e outros assuntos em pé de igualdade com o treinador, o técnico ganha poder demais. “O Gobbi não tinha conhecimento para brecar algumas contratações que o Mano Menezes fez. Resultado: temos que pagar até hoje jogadores caros que não jogam”, disse um conselheiro corintiano, que pediu para o seu nome não ser publicado.
Essa análise faz sentido. Mas também tem razão quem disser que é difícil encontrar no clube cartola com conhecimento técnico. Por isso, o Corinthians precisa de um dirigente remunerado que seja do ramo. Como Carlos Alberto Parreira, cotado para ser coordenador. Caso contrário, Andrés continuará centralizando as decisões. E não haverá ninguém que entenda do riscado para dividir responsabilidades com o treinador e aconselhá-lo.
Enviado por: will2s