Faltou traquejo ao William Machado no Corinthians
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Há de se convir que para navegar com destreza no turvo rio que forma a diretoria do Corinthians atual é preciso uma boa dose de experiência, de maturidade, e até de malícia. Quando se escolhe um nome fraco, espera-se um pouco mais que submissão; espera-se subserviência. A precoce demissão de William Machado no cargo de Diretor de Futebol do clube demonstrou que, para Andrés Sanches o cargo é meramente figurativo, uma espécie de apêndice, que pode ser retirado, sem prejuízo ao organismo.
O Timão tem padecido desde a saída de Antônio Carlos Zago, que foi para o sacrifício no episódio da noitada em que se envolveu o ex-jogador Ronaldo, e as tão inúmeras quantos inúteis contratações realizadas pelo Corinthians na ausência de um Diretor de Futebol autêntico, com o time á deriva nas mãos de amadores, e de palpiteiros, e de interesseiros, desaguaram na perda do título de 2010, além do maior fiasco já produzido por um time brasileiro na Libertadores: Cair antes da fase de grupos.
O senhor William Machado, desconhecedor do que se pode encontrar quando se pesca nas águas turvas da cartolagem brasileira, foi imaturo ao aceitar o cargo, e mais ainda ao resignar tão prematuramente do mesmo. Poderia ter se mostrado resiliente, ter tido jogo de cintura, ter sido paciente, e ter contribuído para uma melhora significativa do modus operandi dentro do clube. Como saiu alegando "diferenças de pensamento", torna complicada uma análise mais significativa das suas verdadeiras razões, pois diferenças de pensamento tem-se até dentro de nossas próprias casas. O que faltou foi traquejo.
Enviado por: Dirceu Felipe de Barros