Duas fontes do Manchester City, um alto executivo e uma pessoa envolvida com o futebol do clube, confirmaram ao ESPN.com.br que o Corinthians fez uma oferta de 40 milhões de euros para ter em definitivo o atacante argentino Carlos Tevez. Na cotação desta terça-feira, seriam R$ 88 milhões pelo jogador, e hoje à noite a proposta será levada ao dono do clube, o xeque Mansour bin Zayed Al Nahyan.

O City não admite oficialmente a proposta. Mas ela foi vazada para alguns meios ingleses ontem, indicada pelo empresário iraniano Kia Joorabichian em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br e, hoje, totalmente confirmada pelas fontes. A diretoria do clube inglês está surpresa, senão atônita, pela oferta. Em plena crise financeira na Europa, o City não esperava receber uma proposta com valores tão altos nem mesmo de um clube europeu, quanto mais de um brasileiro - os valores seriam inéditos no futebol nacional.

Além disso, Tevez recebe hoje anualmente 15 milhões de libras, que significam 7,5 milhões limpos, livres de impostos, em suas mãos - são mais de R$ 18 milhões, ou seja, R$ 1,5 milhão por mês. É o maior salário da Premier League, e o City não esperava que algum clube europeu estivesse disposto a pagar tudo isso por um jogador.

O clube azul de Manchester recebeu um pedido de Tevez por uma transferência em janeiro e avisou o jogador que ouviria propostas no meio do ano. O City não esperava que o "problema" fosse criado, pois anunciava ao mercado sua intenção de receber 50 milhões de euros por Tevez. Não contava que viesse, ainda mais do Brasil, uma oferta tão próxima, e agora precisa tomar uma decisão sobre o jogador - visto pelos diretores como tão bom quanto problemático.

Se definir a venda de Tevez, o Manchester City planeja colocar todas as suas fichas na compra do atacante argentino Sergio "Kun" Aguero, que já anunciou sua intenção de deixar o Atlético de Madri.

O Corinthians deve receber algo próximo - se já não recebeu - a R$ 100 milhões das organizações Globo pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro a partir de 2012. O clube, no entanto, precisou de incentivos fiscais nos valores de R$ 420 milhões da prefeitura de São Paulo para viabilizar o projeto de seu estádio, o "Itaquerão", para que este receba a abertura da Copa do Mundo de 2014.

Fonte: ESPN