A decisão de barrar Renan da meta titular não foi tomada por Tite com facilidade. O treinador, avesso a mudanças constantes na formação da equipe, enfrentou muitas críticas no primeiro semestre da temporada por ter segurado Julio Cesar, que sofria com altos e baixos. Passada essa fase, ele admite que o camisa 1 também teve a posição ameaçada.

‘Não sou técnico de troca aqui, depois troca de novo, fica, empurra’, argumentou o comandante corintiano, para lembrar que não cedeu à pressão para sacar Julio Cesar no passado. ‘Deixa as coisas acontecerem. Estou falando agora do Renan, mas, se fosse um tempo atrás, o Julio nem seria o goleiro, teria pedido para ele ir embora’.

‘Essa decisão é difícil de ser tomada pelo lado humano. Sei como isso mexe na cabeça de cada um. Mas ele é sabedor da minha conduta. Eu digo sempre aos atletas que ‘quando sair na imprensa que tu é o cara, não acredita, porque sozinho tu não vai fazer nada’. Assim como digo para que não fiquem preocupados quando sairem do time. A bola (futebol) não é assim’, defende Tite.

O feeling a respeito do momento de Renan – após ser vazado nos três jogos como titular – foi o que levou à decisão de deixá-lo na reserva de Danilo Fernandes, enquanto Julio Cesar se recupera. A comissão técnica entendeu que o jogador sentiu o peso da camisa corintiana.

‘Se eu deixo o atleta, em vez de ajudar, estarei prejudicando. Ele vai trabalhar e voltar em condição melhor. Atleta não gosta de sair, mas ele sabe que ninguém está aqui para ferrá-lo, ninguém coloca culpa em ninguém, mas há necessidade às vezes de troca’, concluiu o técnico.

O Corinthians entra em campo neste domingo, diante do Atlético-PR, com Danilo Fernandes no gol. Esta será a estreia do atual terceiro goleiro do elenco como titular da equipe alvinegra.

Fonte: Placar

Enviado por: Bruno Nascimento