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Sylvinho abre o coração e aponta o Corinthians como “novo Barcelona”

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Do terrão corintiano ao título de campeão da UEFA pelo poderoso Barcelona. Esta é a síntese da carreira de Sylvio Mendes Campos Júnior, ou simplesmente Sylvinho, que completa 39 anos de idade nesta sexta-feira. O ex-lateral-esquerdo construiu uma história de mais de 15 anos de duração, na qual passou pelos clubes europeus Arsenal, Celta de Vigo, Barcelona e Manchester City. No Brasil, defendeu apenas as cores do Corinthians e da própria seleção nacional.

De 1994 a 1999, Sylvinho venceu a Copa do Brasil de 95, o Brasileirão de 98 e os Paulistas de 95, 97 e 99. Na Europa, se destacou por ser o primeiro brasileiro a vestir a camisa do Arsenal e por fazer história em dos melhores times do mundo, o Barcelona de Pep Guardiola. Após se aposentar oficialmente como jogador em julho de 2011, ele era, até poucos dias atrás, assistente técnico de Vágner Mancini, no Náutico.

Agora que você está mais experiente, com 39 anos, e tem uma visão mais clara de sua carreira, qual a importância que o Corinthians teve na sua trajetória no futebol?

O Corinthians sempre esteve em moda e hoje está mais do que nunca na moda. É o clube de referência, o campeão mundial, o clube do patrocinador, do marketing perfeito, da diretoria maravilhosa, do melhor treinador da América do Sul. Antes de tudo isso eu já via e vivi o Corinthians como um exemplo.

O Corinthians foi preponderante na minha carreira. Agora, depois de aquirir uma certa experiência, trabalhar como auxiliar técnico, comissão técnica, eu vejo isso mais ainda. Ou seja, o Corinthians representou muito para mim devido a sua grandeza. Sempre foi um clube grande. Toda essa máquina dinâmica que é hoje talvez não fosse há 10, 15, 20 anos atrás.

Mas era um clube de uma cobrança enorme. Acostumar a jogar diante de 30, 40 mil torcedores, acostumar a perder uma Copa São Paulo, uma vaga em um torneio juvenil, ter uma cobrança excessiva. Isso me ajudou demais a ser um bom profissional. E quando eu olho para trás, para minha carreira, vejo que aquele meu começo, no Corinthians, foi a base para tudo.

Você ficou mais de 10 anos atuando no futebol europeu e brilhou muito por lá, principalmente no Barcelona. Acha que faltou uma despedida, um encerramento da carreira no Corinthians?
Na verdade, não. Eu parei com 36 anos. Sabe, não é qualquer lugar que você vai querer atuar ou jogar. Precisa de um casamento perfeito.

E eu não encontrei isso. Antes de me aposentar, busquei e busquei e não havia times em que pudesse haver um casamento perfeito, eu ajudar o time e ele me ajudar. Não estava disposto a passar dificuldades extremas em times que pudessem sair de uma segunda divisão, ou ir para uma segunda divisão, ou correr esse risco.

Me conhecendo bem, eu sabia que ia sofrer, que não ia acrescentar nada. Após um ano e meio parado, recebi um convite do Vágner Mancini [para ser auxiliar técnico no Cruzeiro] e aceitei. Fico com a imagem da minha carreira inteira. Sabe, não é por um jogo que a gente vai lamentar toda uma carreira.

Você acha que o Corinthians tem potencial de, em alguns anos, se tornar o novo Barcelona do futebol mundial?

Eu sinceramente acho que sim. Fato hoje é que há uns anos o Corinthians vem se destacando demais na gestão, no trabalho de marketing, na realização de orçamentos, com uma forma de trabalhar corretíssima, com relação à diretoria, ao Tite, a sua comissão técnica, à contratação de atletas...

Enfim, quando a gente vê um trabalho tão profissional, com pessoas tão capazes, eu quero e só posso acreditar que isso [Corinthians se tornar o novo Barcelona] pode sim acontecer um dia. Pelo menos no caminho certo o Corinthians está. Não tenho dúvida alguma de que um dia ele pode sim se tornar uma referência de um clube mundial poderosíssimo, como, no caso, de Barcelona, Milan, Juventus, Bayern de Munique e Real Madrid.

Qual foi o jogo mais marcante da sua carreira no Corinthians? E no futebol europeu?
É difícil falar, porque foram muitos jogos. Mas vamos lá. No Corinthians, por exemplo, eu tive um Campeonato Paulista em 1995, que em recém subia do juvenil, e, com um gol na prorrogação do Elivélton, nós ganhamos do Palmeiras em Ribeirão Preto.

Eu tive a oportunidade fazer um bom jogo, e me marcou ainda mais por ser apenas meu segundo jogo. No final ganhamos o jogo e fomos campeões paulista. Teve outro jogo, também nessa época, que me marcou muito. Foi contra o Grêmio, quando fomos campeões da Copa do Brasil. Eu tinha 21 anos, o Grêmio era o campeão da Libertadores e tinha um time muito forte.

Aí chegamos lá no estádio Olímpico, as pessoas falando que a torcida do Grêmio iria preparar uma baita de uma guerra, que não iríamos conseguir sair de campo... Então este jogo também me marcou demais. Na Europa, alguns outros interessantes. Talvez o mais marcante tenha sido contra o Manchester United, em Roma, quando fomos campeões da Europa pelo Barcelona.

Fonte: Yahoo! Esporte Interativo

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