Timão busca equilíbrio para subir na tabela
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Equilíbrio é uma das palavras mais citadas por Tite desde a chegada dele ao Corinthians, em outubro de 2010. Até o começo do Brasileirão, os jogadores ouviram a orientação com muita atenção, mas agora...
Enquanto a defesa levou apenas cinco gols e é a melhor da competição, o ataque é o pior e marcou só seis, ficando atrás de times como Náutico e Portuguesa. Assim, a equipe ocupa o 11 lugar no campeonato.
Mas isso não quer dizer que Cássio e Gil são os melhores jogadores do mundo e Emerson e Guerrero, os piores. A discussão vai além do individual. O time manteve a capacidade de defender em bloco, mas atacar em conjunto não está sendo feito com eficiência.
'Somos conhecidos como um time que defende e ataca em grupo. Os atacantes estão voltando bastante. Nós, de trás, temos de sair com mais qualidade para que o pessoal da frente não se desgaste tanto na criação das jogadas', analisou o zagueiro Paulo André.
De fato, o time está criando menos do que deveria. Jogar por uma bola pode ser perigoso, principalmente quando ela insiste em não entrar. No Brasileirão, o Timão tem apenas 32 finalizações que chegaram ao gol rival -; média de 3,5 por jogo. Superando só Portuguesa e Atlético-MG, com 31 cada.
'Em 2011 (ano do título Brasileiro), a maioria dos nossos jogos foi vencida por 1 a 0. Agora, não estamos conseguindo sair na frente nas partidas', acrescentou Paulo André.
Anfitrião bonzinho/ Um time desequilibrado gera campanhas desequilibradas. No caso do Timão, isso fica muito claro com os desempenhos dentro e fora de casa.
Como visitante, quando tem como obrigação maior defender, o Corinthians ganhou 41,6% dos pontos. Apenas Ponte Preta, Bahia, Flamengo, Inter e Cruzeiro foram melhores. Mas, no Pacaembu, quando tem de atacar, faturou 40% dos pontos, superando somente a Macaca e o São Paulo.
O QUE FAZER?
Melhorar a saída de bola da defesa
Os atacantes ajudam na marcação, mas os defensores estão errando muitos passes na saída de bola. Os lançamentos dificultam a criação das oportunidades de gol.
Tornar a equipe mais imprevisível
Arriscar um chute de longe, melhorar nas bolas paradas, alternar o pivô com jogadas pelos lados... Enfim, confundir o rival é fundamental.
Adaptar-se melhor às retrancas rivais
A maioria dos times joga fechada no Pacaembu. Reclamar e bater nas mesmas teclas não adianta. O jeito é se adaptar e buscar meios de furar os bloqueios adversários.
Ter mais calma para decidir
Se o time joga por uma bola, é preciso que ela entre. Como não cria tanto, o Timão tem de ter um aproveitamento melhor dos chutes a gol.
Fonte: Diário de São Paulo