‘Parecia um arrastão", relata consultor do Timão
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POR: Luciano Trindade
Especial para o DIÁRIO
'Se a polícia demorasse mais 15 minutos, teria acontecido uma tragédia. Parecia um arrastão. Eram mais de cem caras, armados com paus e pedras. Isso não é um protesto.' O relato de Joaquim Grava, consultor médico do Corinthians, mostra o perigo que o elenco do Timão correu na manhã deste sábado, quando cerca de cem vândalos invadiram o CT do Parque Ecológico, onde a equipe faria seu último treino antes do duelo de hoje com a Ponte Preta, às 17h.
Por volta das 9h30, quando estava previsto o início da atividade do Alvinegro, torcedores revoltados com a derrota para o Santos por 5 a 1, na quarta-feira, entraram no CT através de dois buracos feitos no alambrado, ao lado de um dos portões de acesso ao local. O objetivo era agredir os jogadores.
Os principais alvos da ira do grupo eram os atacantes Emerson e Pato, além do técnico Mano Menezes. Por sorte, nenhum atleta estava no gramado no momento da invasão. Os jogadores se refugiaram nas dependências do complexo onde o elenco também se concentra.
Segundo Grava, funcionários foram hostilizados e tiveram objetos pessoais roubados, como celulares. 'Eles intimidaram todo mundo. Empurraram as camareiras, que caíram no chão... Empurram também um roupeiro, de 68 anos', contou o médico, que também se machucou. 'Corri para me salvar e acabei caindo, machucando o cotovelo. Tenho 63 anos, meu coração disparou', relatou.
Preso de Oruro/ O clima tenso no CT se estendeu até o início da tarde, quando a polícia conseguiu tirar os torcedores do local. Antes disso, cinco deles, que se diziam líderes do protesto, conversam com o técnico Mano Menezes por 15 minutos.
Em nota, o Corinthians repudiou a ação. O clube registrou BO no 62 DP (Ermelino Matarazzo) e cobrou punição dos envolvidos. Tiago Aurélio dos Santos, um dos torcedores presos em Oruro (Bolívia) no ano passado, após a morte de Kevin Espada, foi identificado pela PM como um dos invasores.
Fonte: Diário de São Paulo