A Polícia Civíl emitiu o laudo e constatou que a principal causa do acidente com o guindaste na Arena Corinthians, em novembro de 2013, foi o solo. Por isso, nove pessoas serão indiciadas, sete delas funcionários da Odebrecht, construtora do estádio, e dois da Locar, empresa responsável pela operação do guindaste.

Para Luiz Antônio da Cruz, delegado responsável pela investigação e titular do 65° distrito policial, houve negligência. Segundo ele, é preciso pensar no solo como asfalto de rua e dividir em "solo inferior e superior".

- O que o laudo demonstra é que a compactação do 'solo superior' não foi suficiente para aguentar o peso do guindaste, faltou componentes, houve uma depressão e o guindaste começou a tombar - explicou o delegado em entrevista ao Lancenet.

O 'solo superior' apontado pelo delegado é tecnicamente chamado de leito carroçavel, e estava sob responsabilidade da Odebrecht. O papel da Locar seria fiscalizar.

- O guindaste se locomoveu, parou uma vez, e depois seguiu novamente. Outros 37 içamentos já haviam sidos feito antes, não deveriam ter continuado com a operação - completou o delegado.

Odebrecht e Locar se pronunciaram através das suas assessorias de imprensa. A construtora discordou do indiciamento dos funcionários e disse que se manisfestará em detalhes ao final da investigação. O mesmo aconteceu com a Locar que disse que os funcionários ainda não foram notificados.