Sócios votam com tranquilidade mesmo com a disputa acirrada por adesão às chapas
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Por Diego Salgado
A faixa quase passa despercebida aos olhos dos sócios que chegam para votar no Parque São Jorge. Nela, o recado sóbrio: "Não apoiamos ninguém, apoiamos o Corinthians". O discurso é uma exceção na eleição presidencial do clube alvinegro, que teve início às 9h deste sábado. Horas depois de o processo começar, a boca de urna ainda é intensa na entrada do ginásio.
Com camisas personalizadas, militantes das duas chapas tentam até o último instante convencer os sócios de que o seu candidato preferido é o melhor para o Corinthians nos próximos três anos. No peito, o simpatizantes de Roberto de Andrade trazem os trunfos da gestão Andrés Sanchez e Mário Gobbi: os títulos da Libertadores e do Mundial, além na construção do estádio e do Centro de Treinamento. Os sócios pró-Citadini, por sua vez, também dão o recado ao lembrar da situação financeira do clube e da dívida acumulada nos últimos sete anos - o montante passou de R$ 101,5 milhões a R$ 313,5 milhões.
Alheio à disputa intensa dos sócios por mais um voto na acirrada corrida eleitoral, um dos sócios mais antigos do clube, Mário Perez, de 93 anos, chega a passos lentos para mais uma vez escolher o presidente corinthiano. Com dificuldade, relembra o tempo em que nadava no Parque São Jorge e também deixa seu recado. Acompanhado da esposa, Perez, sócio desde o começo da década de 1940, ressalta a importância da união para o clube. "Todos têm de se juntar. Isso faz o Corinthians mais forte", disse em tom baixo.
A eleição no ginásio da sede social do clube transcorre sem problemas. Desde as 9h, os sócios conseguem votar com tranquilidade. Em minutos, apresentam a carteirinha e têm acesso às urnas eletrônicas. Quase 12 mil sócios estão aptos a participar do processo de votação no Parque São Jorge. A expectativa é que cerca de quatro mil sócios compareçam. Além de presidente e vice, o pleito ainda irá eleger 200 conselheiros pelo período de três anos, além de 50 suplentes.