Timão, Boca, River e Peñarol se unem contra Conmebol por melhorias na Libertadores
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Por Meu Timão
Corinthians, Boca Juniors, River Plate, Racing, Peñarol e Nacional. O que todos esses clubes possuem em comum? São figuras constantes nas competições da Conmebol, principalmente na Copa Libertadores da América.
Por isso, no último final de semana, esses clubes e mais alguns representantes de Chile e Paraguai, se uniram e criaram a ALMADE, Associacao Latino Americana de Marketing Deportivo.
A intenção é discutir melhorias para as competições realizadas pela Conmebol, principalmente, a Libertadores, que foi um dos assuntos mais discutidos da reunião. A ideia é exigir mudanças já na próxima temporada.
As principais reclamações são com marketing e arrecadação. As premiações dadas pela entidade são pequenas e as regras para ações de marketing restringem um ganho maior financeiro para os clubes. Além disso, a Conmebol fica com 10% da bilheteria de todos os jogos - no Brasil, a maioria federações fica com 5%.
"Não é sempre que os clubes sul americanos têm essa oportunidade de discutir mudanças para o futebol. Falamos principalmente sobre compartilhar experiências bem sucedidas que temos em cada mercado, como uma forma de pensarmos em ideias novas, e também falamos da Libertadores em especial. Não poder fazer nada durante o campeonato é muito ruim para os clubes", explicou Gustavo Herbetta, superintendente de Marketing do Corinthians, em entrevista à ESPN.com.br.
O próximo passo é a elaboração de um documento exigindo a criação de um regulamento específico de marketing para a Copa Libertadores, dando mais liberdade para que os clubes lucrem durante a competição. O texto deve ser feito até o final deste ano.
"Na prática, iremos elaborar um documento com regras específicas para a parte comercial do campeonato, para propiciar mais espaço para os clubes. Queremos antecipar e contribuir nas discussões em todos os eventos que ocorrem no continente", completou.
O grupo também se aproveita do momento frágil que vive a entidade. A Conmebol e membros dela estão sendo investigados na operação do FBI, que prendeu grandes nomes do futebol mundial, como José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol.