Diretor financeiro fala sobre nova fase das finanças do Corinthians
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Por Meu Timão
Iniciado em meados de fevereiro, um corte de gastos foi responsável pela melhoria da realidade financeira do Corinthians, que começou o ano muito instável e com inúmeros débitos. Oito meses depois, Emerson Piovesan, diretor financeiro do Timão, revelou que as condições do clube são muito mais favoráveis, mas que ainda há uma instabilidade moderada nas contas.
"Hoje, temos uma condição bem mais controlável em relação a custos e despesas, conseguimos reduzi-los em mais de 20%. Isso traz um reflexo muito bom. Paralelamente a isso, conseguimos recursos pelo marketing. Tinha se encerrado o contrato de patrocínio da manga e conseguimos um do ombro e um do calção. E tivemos eventos específicos de marketing que nos trouxeram recursos. Com mais dinheiro e despesa menor, isso vai dando certo", afirmou Piovesan, em entrevista ao GloboEsporte.com.
Com a eleição de Roberto de Andrade como presidente do clube, vieram mudanças, e o diretor financeiro esclareceu algumas delas, inclusive as demissões de cerca de 100 funcionários.
"Desde que pegamos o clube, tomamos uma série de medidas: revisões orçamentárias, revisões de contratos, cancelamos alguns, reduzimos outros, tudo isso nos últimos seis meses. Ainda temos alguns reflexos dessas ações, custos adicionais. Cancelamos contratos e temos multas a pagar. E como fizemos uma redução sensível de pessoas, mais de 100, isso tem um reflexo financeiro alto, Temos de pagar todos os direitos envolvidos em saída de funcionários", explicou.
Ainda assim, o dirigente não negou um pequeno desequilíbrio nas contas, proveniente do início do ano. "Temos ainda um pequeno desequilíbrio entre receita e despesa, gastamos um pouco mais do que conseguimos arrecadar, mas temos uma expectativa muito boa de que em janeiro ou fevereiro conseguiremos equilibrar tudo isso", disse.
A solução encontrada para o problema está na busca por novas receitas. "Não gosto de falar: "Vamos reduzir despesa". Senão você fecha o clube. Não é bem assim. O que queremos é continuar tendo um controle sobre custos e despesas bastante controlado e também conseguir dinheiro novo. Novos patrocínios, novos licenciamentos... Com isso, vamos equilibrar as contas", concluiu.