Preocupado com a base, Corinthians se posiciona e pede revisão da Lei Pelé
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Por Meu Timão
A Lei nº 9.615, sancionada em 1998 e conhecida popularmente como Lei Pelé ou Lei do Passe, estabelece normas referentes à condução do esporte no Brasil, inclusive questões à respeito das categorias de base. Com a imposição, o passe de jogadores pertencente ao clube foi extinto, e a carreira dos atletas ficou mais propensa à influência dos empresários. Dessa forma, surgiram os direitos federativos, que pertencem ao clube, e econômicos, que podem ser de agentes e investidores.
Em participação na CPI do Futebol, realizada nesta quarta-feira, o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, mostrou preocupação com a situação e posicionou-se contra a Lei.
"Pensou apenas nos atletas", afirmou o dirigente, que certificou que o Timão gasta cerca de R$ 24 milhões com as categorias de base. "Sem clubes, não existem os atletas", completou.
Apesar de ter melhorado em um quesito, a Lei acabou prejudicando outro ponto. Os jovens jogadores podem até deixar de depender exclusivamente da vontade dos clubes, mas passam a ficar submetidos à influência dos empresários. Além disso, os clubes também dependeriam das ações dos agentes.
"Recomendaria que essa lei fosse revista para que os clubes tenham uma retaguarda financeira", concluiu Roberto de Andrade, pedindo a revisão e explicando que a dificuldade em formar atletas compromete as receitas do Corinthians.