Em meio à reformulação do elenco corinthiano, o zagueiro Felipe atingiu um posto inesperado. Com a transferência de Ralf para o Beijing Guoan (CHN), o beque de 26 anos passou a ser jogador com mais tempo de clube. Para ele, o fato de ser mais antigo que os companheiros de equipe não o faz um líder.

“Sou o mais velho no clube. Tenho quatro anos, indo pro quinto. Isso não faz de você um líder, mas sim uma voz para ajudar a todos pelo conhecimento que tenho no clube, de saber o que é importante”, afirmou Felipe, que concedeu entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, no CT Joaquim Grava.

Além de Ralf, o Corinthians perdeu outros cinco atletas neste início de temporada: Edu Dracena, Gil, Jadson, Renato Augusto e Vagner Love. Ainda assim, o beque crê que o Timão possui outros atletas capazes de orientar os mais jovens. “Não vou falar 'líder' porque todos aqui são importantíssimos, mas se precisar eu estou à disposição… Assim como Elias, Cássio: estamos todos aqui para ajudar”, explicou.

A trajetória de Felipe pelo Parque São Jorge é um tanto incomum. Antes reserva e cercado de desconfiança, o zagueiro viu sua carreira decolar após o retorno de Tite ao comando do Corinthians. Com o voto de confiança, ele recebeu oportunidades na equipe e integrou a defesa menos vazada da Série A em 2015.

Por isso, o defensor confia no trabalho conduzido pelo treinador alvinegro, que terá de remontar o Timão para a disputa da Copa Libertadores da América. “Tite é um cara extremamente inteligente, sabe as peças que tem e sabe usar as peças em alto nível, demonstrou isso o ano todo”, disse.

“Saíram peças importantes: Sheik, Fábio Santos, Guerrero e isso mostrou a força do grupo. Todos aqui estão para ajudar, não é só um ou outro: a gente abraça a causa”, completou. O Corinthians estreia no Campeonato Paulista neste domingo, contra o XV de Piracicaba, às 17h (horário de Brasília), na Arena Corinthians.