Formado na Corinthians, Edu Gaspar fala sobre projetos do Corinthians para aproveitar base
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Por Meu Timão
A valorização de jovens talentos do Parque São Jorge é um dos assuntos que mais causam discussões entre os torcedores alvinegros. Em sua maioria, eles veem que o Corinthians, maior detentor de títulos da Copa São Paulo, não tem o cuidado necessário com a transição de suas promessas para a equipe profissional. Edu Gaspar, gerente de futebol do Timão, entende de outra forma.
“Tem a ação econômica e a ação desportiva. Nós acreditamos que, pra você ter uma boa negociação ou fazer o trabalho (de base), como nós entendemos, ser muito bom, primeiro o atleta da equipe de base vir aqui na equipe profissional, daqui do profissional virar um jogador importante, virar um jogador titular pra, aí sim, quem sabe futuramente, ser vendido”, explicou o dirigente em entrevista à TV Bandeirantes.
Formado nos juniores do Timão, o ex-meio-campista acredita que jovens como Maycon, Matheus Pereira e Gabriel Vasconcelos precisam se adaptar ao dia a dia do time principal e, posteriormente, recebem oportunidades entre os titulares. “São os degraus que os atletas precisam percorrer, não adianta você ter o sonho de jogar em um grande clube da Europa sem passar pela equipe titular do Corinthians”, acrescenta.
Na última quinta-feira, quatro vice-campeões da Copinha de 2016 foram promovidos ao elenco “adulto” e já iniciaram os treinamentos no CT Joaquim Grava – além do trio citado acima, o atacante Claudinho também subiu de divisão. Experiente, Gaspar comentou a expectativa da direção alvinegra a respeito dos garotos, que perderam o título do principal torneio de base do Brasil para o Flamengo.
“O título era um detalhe, achei que eles fizeram realmente uma grande competição, subimos os atletas que nós enxergamos junto com o Alessandro, que acompanhou com a comissão técnica, são os atletas melhores preparados pra esse momento. A oportunidade está aí, já estão treinando conosco, quem sabe num curto, médio prazo eles estejam jogando e nos ajudando”.
Entre outros assuntos, o cartola relembrou a transferência de Marquinhos para a Roma (ITA), em 2012 - apesar do futebol promissor, o zagueiro não teve oportunidades com o técnico Tite e acabou emprestado por 1,5 milhão de euros. Em pouco tempo, se adaptou à equipe giallorossi e passou por uma ascensão meteórica, sendo contratado em definitivo por 3 milhões de euros.
“O Marquinhos, veio uma proposta muito interessante pra época também. A gente fala do Marquinhos agora, mas podemos citar outros que acabaram indo e não deram tão certo como Marquinhos. A gente sempre enxergou no Marquinhos um grande jogador, mas com menos espaço na equipe profissional e o próprio atleta se colocou também à disposição para ir”, contou.
“Ele falou: 'Não posso perder essa oportunidade de ir pra Roma, pelo valor que estão me oferecendo, pelo valor que estão oferecendo ao clube. Nós, no caso o presidente na época, eu participei da reunião, decidimos em conjunto liberá-lo, porque era vontade do atleta e nós vimos ainda com menos possibilidade de jogo a curto prazo”.
Em julho de 2013, o jogador se transferiu ao Paris Saint-Germain (FRA) por 35 milhões de euros (R$ 101,5 milhões na cotação da época), valor que fez do corinthiano o zagueiro mais caro da história aos 19 anos. Desde então, o nome do brasileiro tem aparecido constantemente nas convocações do técnico Dunga.