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Ainda surpreso com Fiel, Balbuena fala de briga por titularidade, Romero e proposta do São Paulo

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Por Lucas Mariano

Balbuena falou com exclusividade ao Meu Timão

Balbuena falou com exclusividade ao Meu Timão

Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

Último reforço do Corinthians anunciado para esta temporada, Fabián Balbuena já se sente “praticamente em casa” no Brasil, mesmo só com dois meses da mudança de Assunção para São Paulo. Neste domingo, ele será titular na partida contra o Novorizontino, na Arena. Mais uma chance de brigar por um espaço no time.

Mesmo estando há pouco tempo no clube, o zagueiro é bastante elogiado pelos torcedores. Inclusive, ele foi eleito o melhor jogador do time no mês de março em enquete realizada pelo Meu Timão. Surpreso ao saber da notícia, o atleta agradeceu a receptividade e destacou o apoio que vem tendo desde que chegou.

“A torcida do Corinthians todo mundo conhece, qualquer um que assiste jogos de futebol sabe da torcida que tem o Corinthians e a paixão que eles demonstram em todos os jogos que têm. Agora que a gente está aqui dentro e sente esse apoio é muito lindo”, disse Balbuena em entrevista exclusiva ao Meu Timão.

Apresentado oficialmente no dia 19 de fevereiro, o paraguaio teve uma adaptação rápida, algo que ele deve muito ao compatriota Ángel Romero, que o ajuda neste início de trabalho. A ajuda tem sido fundamental e tem dado resultado dentro de campo. Satisfeito com suas atuações, ele acumula seis jogos com a camisa alvinegra, sendo cinco como titular, além de ter marcado dois gols.

Além de sua adaptação ao Brasil e o início de trabalho no Corinthians, Balbuena, em bate-papo com o Meu Timão, também falou sobre o assédio do São Paulo e o que o motivou a acertar com o clube do Parque São Jorge, a boa relação com o Romero, a oportunidade de trabalhar com Tite e também respondeu perguntas enviadas pelos torcedores

Confira a entrevista completa com Balbuena

Quase dois meses no Corinthians. Já se sente em casa?

Muito bom. Desde o primeiro dia que cheguei aqui, os caras me receberam muito bem. Isso fez me sentir muito bem, ainda mais que está o Romero, que é paraguaio também, então fica mais fácil de se adaptar. Quando a pessoa te recebe assim, de boa, é muito bom, você se sente cômodo e praticamente em casa.

E como é sua relação com Romero?

A gente costuma sair quase todos os dias que estamos livres. Ele com a namorada, eu com minha esposa e meu filho. A gente está gostando muito. Estamos muito cômodos, tranquilos. As ruas ainda não conhecemos muito, mas estamos bem, desfrutando São Paulo e o Corinthians também.

Quais são as maiores diferenças que você vê no Corinthians em comparação aos outros clubes?

Muito grande a diferença. Quanto à infraestrutura, a torcida, o futebol em si mesmo é muito diferente aqui no Brasil comparando com o Paraguai. Tem muitas diferenças em quase todos os aspectos, então para mim foi um pouco difícil me adaptar quanto a isso, a me integrar rapidamente ao futebol brasileiro, como também no jogo que o treinador utiliza. Mas estou me sentindo bastante feliz e contente por estar aqui.

Eleito o melhor jogador de março pelos torcedores do Meu Timão. Como que vê essa recepção?

Ah é? Muito bom, trato de retribuir esse carinho que desde que cheguei estão me dando, os torcedores, o pessoal na rua, nas redes sociais. Muito bom as pessoas nem sequer me conhecerem ainda e estão dando o maior astral para mim. Isso gera muita confiança, muita emoção para poder trabalhar. Quando você se vê querido pelo seu trabalho é sinal de que está fazendo a coisa certa. Então isso me deixa bastante contente para seguir trabalhando.

Surpreendeu o assédio?

Sim, porque não estou acostumado a isso ainda. Lá no Paraguai os torcedores não são assim, só os fanáticos. Mas não assim muito apaixonados pelos seus times, isso também é a diferença do torcedor paraguaio com o brasileiro, tem uma paixão maior pelo seu time. A torcida do Corinthians todo mundo conhece, qualquer um que assiste jogos de futebol sabe da torcida que tem o Corinthians e a paixão que eles demonstram em todos os jogos que têm. Agora que a gente está aqui dentro e sente esse apoio é muito lindo. Ainda consigo sair na rua. Tem gente que ainda não me conhece, estou tranquilo ainda. Isso é bom (risos).

O histórico de poucos cartões pode ter influenciado na sua contratação, já que é algo que o Tite cobra?

Não sei se contribuiu, mas eu, como jogador, vejo esses dados e me sinto bem, me sinto tranquilo, porque é um dado que fala bem do jogador, né? Ainda mais eu que sou zagueiro, que pelo normal tem mais possibilidade de ter cartão. Eu trato sempre de disputar a bola sem fazer falta, de fazer um jogo limpo, mas tem vezes que a gente não pode evitar de fazer falta, tem situações de jogo que te obrigam a fazer, mas tentamos sempre não fazer, para sempre fazer o jogo limpo.

Como tem sido o trabalho com Tite?

É diferente, é muito legal. O trabalho dele é muito diferente, quase atípico quanto a treinador de futebol. Ele vai além de ser um técnico, fala como uma pessoa. Te ensina também fora do futebol. É um cara completo que não é a toa que todo mundo fala bem dele, que muitos times chamam ele para trabalhar, até a Seleção, que estava vendo na imprensa que estavam querendo ele. Isso fala por si só. O trabalho dele, não só no Corinthians onde ele ganhou tudo, é reconhecido em todo o mundo. A gente que está aqui dentro trabalhando sente um privilégio por trabalhar com ele, estar sob o comando dele. Tomara que ele fique com a gente ainda muito tempo, para que a gente consiga crescer como time e conquiste muitos títulos também.

No Corinthians não se fala em titulares e reservas, mas existe uma base. Você se sente incomodado em não fazer parte desse time que é apontado como “primeira opção” de Tite até para disputar os jogos mais importantes?

Incomodar, incomoda, porque todo jogador quer jogar. A gente compreende que são 11 que entram em campo e é o treinador que decide. Mas quando você fica de fora tem que apoiar porque a gente é um time. A mesma coisa quando eu entrar, os caras vão ter que apoiar porque não interessa quem entra em jogo. Quando a gente ganha, ganha todo. Quando a gente perde, perdemos todos. A gente é uma equipe, independente de quem jogar porque a gente vê todos os treinos todo mundo trabalhando forte então sabemos que quem entrar em campo vai dar o melhor para o time.

É visto pela imprensa paraguaia como um jogador muito promissor. Acha que o Corinthians pode te ajudar a assumir a titularidade na Seleção?

Ajuda, sim, pela magnitude que tem o Corinthians a nível mundial, mas se você não está jogando, seja lá no time onde esteja, o treinador da Seleção não vai contar com você. Você tem que estar jogando, tem que estar em um nível alto para poder ser chamado. Então o que a gente tem que fazer é trabalhar bem para poder jogar e, quando jogar, fazer o melhor para o time. Acho que tem um fator muito importante de jogar no Corinthians para jogar na Seleção

Existiu um assédio do São Paulo. Agora vê que fez a escolha certa?

Eu sempre fui de ter caráter, princípios meus. As decisões que eu tomo ou tomei nesses anos que eu tenho, nunca me arrependo, tanto do que fiz, como do que não fiz. Trato de no momento certo ver quais são as opções e qual é melhor para mim, então eu decidi pelo Corinthians também por isso. Como dei minha palavra para a diretoria do Corinthians, como eles foram os primeiros a me procurarem, eu quis manter isso por ter esse caráter, esse princípio, que eu acho que tenho que manter porque é meu ser. Eu me senti muito bem por fazer isso, não só por ser Corinthians ou São Paulo, mas por me sentir bem comigo mesmo por fazer o que era certo para mim.

Qual é a sua principal deficiência?

Não me considero lento, mas não sou muito rápido também. Não sei, tenho que estar mais concentrado, tem detalhes que eu vejo que tenho melhorar. Estar mais concentrado eu falo no sentido quando vejo um companheiro dentro de campo que está perto de perder a bola por estar agredindo a marcação, como estou vendo, tenho que falar. E às vezes, até pelo cansaço do jogo, não consigo falar que tem um cara nas costas dele, para tirar a bola, então tenho que falar para ele não perder a posição. São detalhes que ainda tenho que melhor e que só com o trabalho vou conseguir.

Você fez dois gols nos últimos jogos, mas estava acostumado a marcar muito no Paraguai. Tem algo de diferente?

Pode ser que seja um pouco diferente na marcação. Lá é mais forte, mais pegado, os caras grudam muito, não deixam mover muito na área. A gente que é mais alto tem uma marcação mais específica, então acho que aqui não é muito forte, em comparação ao Paraguai. Mas não tem muito a ver isso, é uma questão de ser efetivo. Lá eu tinha situações de gol, mas não conseguia concretizar, sempre o goleiro pegava, a bola ia na trave ou para fora. Mas sempre trato de ir com convicção na bola para fazer ou gol ou botar a bola para que algum companheiro possa fazer.

Sobre as comemorações de gols. Porque a continência? E, no segundo, sua mulher gostou da homenagem? Já sabe qual será a próxima?

A comemoração saiu no momento. Eu nem pensava que ia marcar um gol. Não estava com isso na mente. Saiu no momento. Lá no Paraguai é mais o menos um cumprimento de camaradagem, de companheiro, de amigo, mais ou menos assim. É um estilo militar, estilo policial. Mas no Paraguai é mais um cumprimento de companheiro. Foi por isso. Não pensei que ia ter tanta repercussão. Sobre a homenagem a minha esposa, ela fica tranquila se eu homenageio ou não porque estamos todo dia junto e não muda nada se eu colocar a bola dentro da camisa ou não porque é só uma comemoração. A gente está tranquilo, muito feliz no Brasil, desfrutando ainda a cidade, o Corinthians, isso que importa.

Porque optou por falar espanhol na coletiva de apresentação se sabe falar português tão corretamente?

Foi uma escolha minha. No momento queria falar em espanhol por respeito, por ser paraguaio. Não queria vir aqui, mostrar que eu sei falar português, me achar muito esperto pro falar português e decidi falar espanhol. Como foi a primeira coletiva, resolvi falar espanhol.

O seu filho Lucas já sabe as musicas do Corinthians?

A primeira palavra que ele falou foi “Coninthians”, não foi Corinthians (risos). Mas ele está muito feliz também. Quando vou ficar concentrado ele vem me deixar aqui, fica louco por querer vir no campo. Quando estamos em casa, ele fala ‘pai, vamos ver Coninthians’. Quando tem jogo ele sabe que vai ao estádio e fica muito feliz porque vai ver o jogo do Corinthians

Confira as perguntas dos torcedores

Durante seus jogos, vimos que você costuma liderar os jogadores. Como você trabalha em relação a isso? Ser capitão (além de titular), é um objetivo? - Por Lucas Correia

Não. Já fui capitão em vários times. Isso não muda nada quando está dentro de campo, é só uma faixa que está no braço. Independente se você for capitão ou não, eu penso assim, você tem que fazer seu melhor para ajudar o time. Às vezes, quando estou em campo, gosto de observar a jogada, além de onde está a bola, para ver se todo mundo está bem posicionado ou se alguém está fora do lugar para que a equipe esteja bem ordenada e que não tenhamos surpresa. A gente, como zagueiro, tem um panorama melhor em campo e temos que fazer isso. É um dever, não obrigação, ordenar os companheiros para que fiquem bem posicionados para não ter nenhuma surpresa

O que você acha de se comparado com o Gamarra? - Por Miller Rodrigues

Eu respeito os comentários dos torcedores, mas não concordo. Acho que o Gamarra foi um jogador muito bom, não é só querido no Corinthians. No Paraguai é muito reconhecido e querido por tudo que fez na Seleção e conhecido por toda a carreira. Acho que tem uma grande diferença quanto a isso. Estou começando praticamente agora a jogar futebol e comparando com ele tem uma diferença muito grande. Eu sempre falo, tomara que pelo menos eu jogue uns 50%, 70% do que ele fez. Acho que eu considero um pouco fora de lugar pela diferença que tem entre eu e o Gamarra. Estou começando e ele tem uma carreira muito grande, mas respeito também.

Em uma entrevista disse que era rockeiro. E a gente vê nos vídeos do vestiário antes das partidas que os jogadores cantam pagode e deixando a musica bem alta. Como lida com isso? Está começando a gostar de outos estilos? - Por Adriano Nunes

Eu não gosto, mas respeito a música que os caras colocam. Lá no Paraguai ouviam qualquer tipo de música e eu não tenho problema com a música que eles colocam, mas não vai sair de mim colocar um música que não seja rock. Eu não curto outros tipos de música, mas se colocam no vestiário ou em um grupo de amigos, eu respeito, não tem problema.

Qual a força do Corinthians no Paraguai? A torcida é grande? Passam jogos do Corinthians no Paraguai? Por Daniel Nava Filho

Tem só um canal brasileiro que chega até lá. Só alguns jogos que passam. Lá no Paraguai tem pouca gente que segue o futebol brasileiro. De conhecer, conhece. Não só no Paraguai, o mundo inteiro conhece o Corinthians. Mas não costumam seguir muito, não só o Corinthians, mas o futebol brasileiro porque não chegam muitos canais brasileiros lá

Qual a sua meta dentro do Corinthians e pra sua carreira profissional? - Por Leonardo Motter

No Corinthians quero fazer, todas as vezes que eu jogar, o meu melhor e quero que a equipe ganhe. Obviamente, conseguir títulos. Como jogador quero chegar o mais longe possível. Não sonho em ser transferido para a Europa, só quero jogar. Onde Deus me colocar, onde eu possa chegar como jogador, vou estar contente. Estou trabalhando para ir até onde eu puder.

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