Danilo Gentili defende torcida organizada e lembra seu tempo de fanatismo pelo Timão
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Por Meu Timão
Durante a década de 90, o Corinthians contou com a torcida de um conhecido comediante da televisão brasileira. Danilo Gentili, apresentador do programa The Noite, do SBT, revelou nesta terça-feira que foi fanático pelo Timão e, inclusive, era integrante da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do clube.
“Sou corinthiano, mas hoje sou um corinthiano sem vergonha. Já fui corinthiano fanático, mas acabei desencanando do futebol”, contou Gentili em participação no Bate-Bola Debate, da ESPN Brasil. Questionado sobre quais seus maiores ídolos, o comediante citou alguns dos principais jogadores do primeiro título nacional do Corinthians.
“Anos 90. Toda a década de 90 fui muito fanático. Eu tinha um carinho muito grande pelo Tupãzinho e pelo Neto por causa do Campeonato Brasileiro. Eu cresci querendo ver o Corinthians ser campeão brasileiro e foi em 90 pela primeira vez. Então aquela geração, Ronaldo, Neto, Tupãzinho, eu adorava todo mundo”.
Entre uma risada e outra, o apresentador nascido em Santo André, na região do ABC, admitiu já ter se envolvido em brigas com torcedores rivais ao longo dos quatro anos em que participou ativamente da Gaviões. Entretanto, aproveitou o clima descontraído do programa esportivo para explicar a importância das torcidas organizadas dentro do futebol brasileiro.
“Muito se discute em proibir organizadas, eu não acho que é por aí. O que acontece é que, no Brasil, alguém sai na rua e dá uma facada em alguém. Aí proíbem facas... O problema não é a organizada, o problema são as pessoas que cometem crimes, seja na torcida organizada ou fora”, ponderou.
“A organizada é uma coisa muito bonita, uma coisa muito legal quando é a torcida organizada. Quando ela não é, po***, é um pé no saco. Aí começa invasão, aí começa roubo, é isso que tem que acabar. Tem que acabar com o crime, não com a torcida”.
A declaração de Gentili vai de encontro a outras opiniões de comentaristas esportivos e até de torcedores “comuns”. O encontro entre membros da Gaviões da Fiel e seis atletas do clube na última quinta-feira, no CT Joaquim Grava, gerou repercussão durante o programa. Ainda assim, o apresentador defendeu os grupos organizados e criticou a questão da impunidade.
“Vou dar um exemplo. O cara vai lá num dia, pega um mastro de bandeira e dá na cabeça do outro. Em vez de pegar o cara que fez isso, proíbe-se bandeiras em estádios de futebol. Tem lá 300 pessoas com bandeira que não fizeram isso, o dia que um cara faz isso ninguém mais pode usar bandeira. E o cara entra (no estádio)! Mas isso é coisa de brasileiro, é mais fácil proibir a bandeira que achar o culpado e punir. Essa é a mentalidade que tem que mudar aqui”, concluiu.