Depois de o Corinthians se desfazer de oito titulares da equipe hexacampeã brasileira, sua diretoria parece não ter motivos para se preocupar. O diretor adjunto de futebol do Timão, Eduardo Ferreira, usou uma analogia nada agradável para explicar o volume de jogadores negociados entre o fim de 2015 e agosto de 2016: é melhor uma “diarreia”, segundo ele, do que uma “dor de barriga por dias”.

“A diretoria sabe o que vem sendo feito. Temos que entender que, às vezes, é melhor ter uma dor de barriga forte, ou seja, uma boa diarreia, de grande volume, e logo sanar isso, do que ficar tendo essa dor de barriga por dias e dias, anos e anos. Estamos passando um pouco de sufoco agora para que nos próximos anos o clube tenha uma situação financeira melhor, que não precise e dependa mais de ninguém”, afirmou Eduardo Ferreira em entrevista à Rádio Globo.

Ferreira assumiu o cargo de diretor adjunto em junho da temporada passada. O dirigente, braço direito do presidente Roberto de Andrade e responsável pelas contratações do clube, é alvo de críticas da torcida em razão da série de atletas negociados – dos 32 que integraram o elenco que ergueu o Brasileirão 2015, 20 deram adeus ao Parque São Jorge.

Atualmente, o técnico Cristóvão Borges conta com apenas três dos considerados titulares do time campeão nacional: o goleiro Cássio, o lateral-direito Fagner e o lateral-esquerdo Uendel. O último a se transferir foi o volante Elias, que acertou seu retorno ao Sporting (POR) na última terça-feira.

Apesar das ações questionáveis da diretoria, o Corinthians segue na quarta colocação do Campeonato Brasileiro com 37 pontos, seis a menos que o líder Palmeiras. Na noite de quarta, a equipe alvinegra estreou na Copa do Brasil com empate por 1 a 1 diante do Fluminense, no estádio Edson Passos, em Mesquita (RJ). O duelo de volta acontece no próximo dia 21.