Presidente confirma empresa brasileira por NR e explica atraso para fechar acordo
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Por Meu Timão
O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, reforçou a intenção de anunciar a venda dos naming rights (direitos de nome) da Arena Corinthians ainda em 2016. O acordo, que prevê o pagamento de cerca de R$ 350 milhões pelo prazo de 20 anos ao Timão, é discutido minuciosamente com uma empresa brasileira, de acordo com o dirigente.
“É um assunto que estamos trabalhando bastante. Ele está vivo. Quero que as pessoas entendam que não é simples. Os advogados estão conversando. Como é um contrato por 20 anos e com valores expressivos, você precisa se cercar de todas as garantias. Espero que em um breve espaço de tempo a gente consiga resolver”, afirmou Roberto de Andrade em entrevista ao GloboEsporte.com.
Por conta do sigilo das tratativas, algumas especulações vieram à tona. A possibilidade de uma companhia do ramo financeiro adquirir os direitos de nome do estádio, além de assumir o Fiel Torcedor, programa de fidelização do clube, acabou desmentida em nota oficial.
“Não posso dizer o segmento, mas é uma empresa brasileira. Não tem nada de internacional”, revelou o dirigente alvinegro. “Tem muita coisa que, às vezes, a outra parte não concorda com o que estamos exigindo. Não são valores. São garantias, porque em 20 anos muita coisa pode mudar. Uma vírgula muda tudo. Aí volta e começa um novo processo de avaliação”.
O Corinthians enxerga como fundamental a cedência do nome da Arena para equilibrar suas finanças. Em julho de 2015, após um período de carência de 19 meses, a diretoria começou a quitar R$ 5 milhões mensais ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pela construção do estádio, avaliado em R$ 1,2 bilhão. No entanto, como as regras da instituição permitem que o período seja de 36 meses, o Timão interrompeu a pagamento das parcelas. A dívida com o BNDES é de R$ 400 milhões.
Como o Meu Timão publicou recentemente, a engenharia financeira elaborada para erguer a Arena Corinthians não funcionou conforme o planejado. Aliás, nem o possível sucesso pelos naming rights mudará o patamar financeiro do clube, que terá de retirar dinheiro do departamento de futebol para sanar a dívida bilionária.