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Presidente admite receio com contas da Arena, mas dispara: 'Não era o sonho do corinthiano?'

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Por Meu Timão

Roberto de Andrade mostrou preocupação com contas futuras do clube

Roberto de Andrade mostrou preocupação com contas futuras do clube

Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians

O Corinthians ainda vai encarar muita dificuldade para pagar as dívidas da Arena. Quem sinalizou tal prognóstico foi o presidente do clube, Roberto de Andrade, em participação ao vivo no programa Bola da Vez, da Espn, na noite desta terça-feira.

Na visão do mandatário do Corinthians, há motivos para o clube se preocupar com as contas do estádio no futuro. A projeção é de que, se derem errado os "mil negócios de marketing" que a Arena vem tentando emplacar, não haverá como o estádio se auto-sustentar.

"Nunca tiramos dinheiro do clube para pagar o estádio. O estádio está por enquanto se mantendo. Há as despesas do estádio e o BNDES. São os compromissos que a Arena têm. Por enquanto estamos quitando isso. Mas nos preocupamos com o futuro. Estamos fazendo mil negócios de marketing para tentar mudar isso, mas o país está parado...", afirmou.

"Quando fizemos a estrutura estrutura financeira do estádio, vivíamos um Brasil totalmente diferente. O que acontece é que estramos pleiteando junto à Caixa uma nova estrutura financeira", completou, colocando na situação político-econômica do país a culpa pela dificuldade do Corinthians em quitar seus vencimentos relacionados às obras de Itaquera.

Fato é que, conforme noticiado mais cedo nesta terça-feira, o Corinthians vem tendo de arcar, desde abril, com o pagamento dos juros do empréstimo firmado com a Caixa pelos R$ 400 milhões emprestados pelo BNDES. O clube tenta, há seis meses, renegociar o período de carência, buscando assim maior tempo para juntar grana e evitar calores nas prestações.

"Quem fala que não pagamos desde abril está errado. Em abril pagamos a última prestação completa. Lá a Caixa nos deu até outubro para respondermos nosso pleito. Nesses meses, o Corinthians já vem pagando os juros. Os juros são 80% da parcela. Ou seja, estamos pagando mais de R$ 3 milhões por mês", afirmou.

O presidente do Corinthians, na sequência, admitiu que o atraso na negociação dos naming rights do estádio atrapalha o pagamento dos empréstimos. Novamente, contudo, responsabilizou o momento político-econômico do Brasil pela demora em anunciar uma empresa interessada na parceria. Vale lembrar que, conforme citado pela reportagem da Espn durante o programa, o arquirrival Palmeiras, por exemplo, conseguiu muito bem driblar os problemas vividos pelo país, acertando naming rights de seu novo estádio e, atualmente, tendo equipe competitiva para disputar os principais títulos nacionais de futebol.

"Teremos uma dificuldade maior em pagar (caso não vendamos os naming rights). Por isso estamos tentando alongar o prazo de pagamento com a Caixa. Isso é uma coisa normal. Como é o Corinthians, aí todo mundo fica assim", disse Roberto de Andrade.

"Não deu nada errado (na venda de naming rights). Acha que eu não quero vender? O problema não está com o Corinthians. O problema está nas empresas que não querem fazer investimento (...) Quantas empresas querem ligar seu nome a um clube? São poucas. Empresas de varejo por exemplo não costumam gostar", acrescentou.

Por fim, Roberto de Andrade, apesar de anteriormente ter demonstrado receio com as contas futuras, mostrou otimismo ao falar que, um dia, a dívida será paga pelo clube. A possibilidade de atrasar o pagamento, porém, foi cogitada pelo presidente.

"Única coisa que o Corinthians perdeu no caixa do clube é a bilheteria líquida. Isso gira em torno de R$ 26 milhões por ano com uma média alta de público. São uns R$ 25 milhões que deixam de entrar no clube. Mas escuta: o sonho do corinthiano não era ter o estádio? Aquilo (estádio) é pagável, é um negócio. Se eu não conseguir pagar em 15 anos, pago em 20. Qual é o problema?", disparou.

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