Candidato ao Puskás, Marlone fala sobre expectativa para o prêmio e relação com o Corinthians
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Por Meu Timão
Representante do Corinthians no Prêmio Puskás, da Fifa, o meia Marlone falou sobre a ansiedade com a premiação e sua relação antiga com o clube alvinegro. Um dos poucos destaques do clube durante a temporada de 2016, o camisa 8 do Timão falou ainda sobre a falta de oportunidade que teve na equipe no começo do ano, quando o time ainda estava sob o comando do técnico Tite.
Questionado sobre a possibilidade de ganhar o Puskás, que lhe garante o título do gol mais bonito do ano, Marlone garantiu acreditar em suas chances. “Acredito, não custa nada sonhar”, afirmou o camisa 8 em entrevista concedida do CT Joaquim Grava ao quadro Bolívia Talk Show publicado no Youtube, pelo canal Desimpedidos.
Ainda sobre a premiação internacional, o meia comentou a oportunidade de representar não apenas o Corinthians, mas o Brasil em Zurique, na Suíça, onde o evento será realizado. O jogador fez questão de afastar o clubismo da situação, ressaltando com bom humor o fato de ter desbancado nomes como Neymar e Messi em voto popular.
“Acho que nesse momento não tem olhar com esses olhos não, eu tô representando o Brasil. O único jogador que tá jogando no Brasil hoje. Acho que a gente tem que olhar mesmo pra ideia de ajudar”, comentou. “O Neymar já ganhou coisa demais, Messi também, então, deixa pra mim esse aí”, acrescentou com bom humor.
Natural de Tocantins, Marlone admitiu que sua relação com o Corinthians não é de agora. Encantado pelo clube do Parque São Jorge durante a década de 1990, quando ícones como Marcelinho Carioca e Vampeta atuavam na equipe, o meia garantiu que o primeiro clube que admirou foi o Timão.
“Meu primeiro clube foi o Corinthians. Foi naquela época do Marcelinho Carioca, Vampeta, nos anos 90 que foi campeão de tudo. Na minha terra só passava Rio e São Paulo, como naquela época o Corinthians tinha acabado de ser campeão mundial, naquele Mundial que teve no Brasil. Eu molequinho acabei vendo isso e cresceu uma admiração”, contou.
Contratado pelo Corinthians no final da temporada de 2015, o camisa 8 não encontrou muito espaço na equipe quando o time ainda era comandado pelo técnico Tite, que deixou o Timão em julho deste ano rumo à Seleção Brasileira. Ao falar sobre sua relação com o antigo treinador do clube, Marlone garantiu que guarda nenhum ressentimento.
“Não, por que eu já conhecia o Tite e ele é um cara que quando ele te coloca te dá sequência e em um jogo mal ele já te tira, sempre muito justo. Ele me dava satisfação, do tipo 'pô Marlone, você não tá jogando é por causa disso, tem uma base do ano passado, mas continua trabalhando'. Você nunca desanimava, o cara sempre estava dando satisfação não só pra mim, mas pra todo o grupo. Eu tenho certeza que se ele estivesse aqui ainda, a minha oportunidade ia chegar com ele”, disse.
Quanto a Fiel, o jogador falou com felicidade sobre o grande carinho que a torcida alvinegra demonstrou desde sua chegada. “Acho que torcida comprou uma ideia comigo e fiquei impactado. Teve dois jogos aí no Pacaembu e na Arena, contra o Atlético-PR, a ponto deles gritarem meu nome pr entrar e eu me arrepiei todo assim. Não tinha nenhuma história no Corinthians, eu era reserva, me senti 'caramba,logo eu que não sou nada aqui”, comentou.
Em meio a uma reformulação no Corinthians, que começou com a saída do técnico Oswaldo de Oliveira do comando do clube, Marlone garantiu que pretende continuar defendendo a camisa do Timão. “Eu quero ficar e até agora não tem nada não. Só quero ir pra Zurique mesmo”, finalizou.