Organizada divulga carta de torcedores presos no Rio: 'Estamos no meio do fogo cruzado'
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Por Meu Timão
Uma das torcidas organizadas do Corinthians, a Coringão Chopp, divulgou uma carta de um grupo de torcedores que seguem presos no Rio de Janeiro após confusão em outubro no Maracanã. No documento, assinado por mais de um torcedor, o grupo revela a situação atual dos presos em Bangu.
"Estamos vivendo no nosso limite, sem direito a água, pão e rango. Parça a cadeira tá tensa, mais dia menos dia a cadeia vai e virar e nós estamos aqui no meio do fogo cruzado, no meio de 2 facções, correndo risco de vida", escreveram.
O grupo ainda pede ajuda para que as declarações sejam divulgadas e eles possam ser soltos ou até transferidos de Bangu para outro presídio.
A Coringão Chopp divulgou o documento com um pedido na publicação do Facebook. "Nossos irmãos estão correndo risco de vida, devido a briga de duas facções do RJ dentro da cadeia e o estado finge que nada acontece, não toma providências, não da justificativas para tamanha punição aos nossos irmãos, através desta carta ficamos sabendo que os mesmos estão passando necessidades, como falta de água e comida, VERGONHA".
Atualmente, 26 corinthianos seguem presos no Rio de Janeiro. A última sessão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) aconteceu no final de dezembro do ano passado e, na ocasião, 14 torcedores tiveram o pedido de revogação de prisão preventiva negados.
O episódio, que aconteceu na 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, na partida entre Flamengo e Corinthians, está perto de completar três meses - no próximo dia 23. Desde então, cinco torcedores foram soltos. O Meu Timão, inclusive, divulgou provas que inocentavam os cinco, além do corretor de seguros André Luis Tavares da Silva e Fabio Barbosa Tomé, que seguem detidos.
Vale lembrar que apenas quatro indivíduos foram, de fato, identificados por imagens no conflito: Kauã Gentil, Rogério Aparecido dos Santos, Anderson Zanqueta da Silva e Tiago de Lima. Os demais, acusados sob depoimento de quatro agentes do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), jamais tiveram o envolvimento comprovado.