Com influência direta em eleições, sócios do Corinthians têm anistia para reativar títulos; entenda
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Por Thaina Barros e Mayara Munhoz
Em estado de alerta quanto ao número de associados pagantes em sua história recente, o Corinthians liberou o processo de anistia aos anos de inadimplência de sócios do Parque São Jorge. A campanha, que oferece a oportunidade de reativação de títulos patrimoniais, acaba nesta terça-feira, 31 de janeiro.
O projeto tem como objetivo principal o retorno de sócios, independente do período em que estiveram longe da adimplência com o clube. Para isso, os associados devem quitar a pendências que tem com o clube do Parque São Jorge, somando ao pagamento da anuidade de 2017. O valores estão sendo parcelados em até dez vezes pelo cartão de crédito, sendo eles R$ 180 mensais no plano individual e R$ 252 pelo familiar.
Preocupados com a situação atual, o movimento Resgata Corinthians tem feito campanhas em redes sociais para incentivar a reativação de títulos do Parque São Jorge. Segundo levantamento realizado pelo próprio grupo, que foi responsável por um abaixo-assinado pedindo a anistia no ano passado, o clube contava com aproximadamente quatro mil sócios antes da campanha.
“Enfrentamos uma grave crise econômica e financeira que abala desde os orçamentos domésticos, até os das grandes empresas, e não é diferente com o nosso amado clube. Atualmente, o Corinthians conta com o menor número de sócios pagantes da história recente”, comentou Ricardo Fernandes Maritan, coordenador do movimento e conselheiro trienal, em entrevista ao Meu Timão.
A regularização de títulos patrimoniais é benéfica para o Corinthians. O grupo calcula que a cada mil sócios reativados, o caixa do clube sobe R$ 2 milhões de reais. Além disso, o processo envolve diretamente as eleições à presidência do time - uma das principais preocupações do Resgata Corinthians. Segundo o Estatuto Social do Timão, associados adimplentes com mais de cinco anos de título têm direito a voto. Com isso, quanto menor o número de sócios pagantes, maior o risco de eleições com índices de votos baixos.
“Nas últimas três eleições, realizadas a cada três anos, pouco mais de três mil associados elegeram os presidentes e, corremos o sério risco de termos um número menor ainda na eleição de 2018. Por essa razão a importância da anistia e consequente regularização dos sócios inadimplentes”, explicou Ricardo.
A data final do processo de anistia aos associados está ligada diretamente ao período de eleições do clube, já que só pode ser realizada um ano antes da próxima votação que acontece em fevereiro de 2018.