Presidente cita até 'desempregados', mas promete baixar ingressos da Arena Corinthians
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Por Lucas Faraldo e Rodrigo Vessoni
O Corinthians deve promover mudanças em seu sistema de venda de ingressos para jogos na Arena. Ao menos é o que promete o presidente Roberto de Andrade. Em conversa com a imprensa no Parque São Jorge, o mandatário tentou justificar os baixos públicos registrados em Itaquera nos jogos do Timão em 2017 e a queda no número de sócios-torcedores do clube. No fim das contas, porém, admitiu a necessidade de abaixar o preço dos bilhetes.
"Estamos trabalhando. Estamos com 12 milhões de desempregados. Quando você vê esse número de desempregados e pensa que temos a maioria dos torcedores, temos a maioria dos desempregados também. Conheço pessoas que estão desempregadas, deixando o lazer de lado e pensando nas poupanças. Com isso não temos o que fazer. O resto estamos fazendo", argumentou.
"O horário também não foi satisfatório. Mas o valor é pequeno se falando de Corinthians. Estamos vendo de abaixar os ingressos, fazer promoção em horários que não sejam ideais", completou.
As situações às quais Roberto de Andrade faz referência são as seguintes:
- A Arena Corinthians registrou, nas três primeiras partidas do Timão como mandante em 2017, média de público de apenas 17.237 torcedores por jogo. Na última atuação, contra o Novorizontino, o estádio registrou sua pior marca: 11.708 pagantes.
- O programa de sócios-torcedores do Corinthians teve teve bruta queda no número de associados neste início de ano: caiu de 135.012 para 81.175. Com isso, o Fiel Torcedor saiu da liderança do Torcedômetro e agora ocupa apenas a quinta posição.
Para tentar praticar novos preços nos ingressos e assim voltar a atrair o torcedor corinthiano, Roberto de Andrade aposta na renegociação das dívidas do pagamento de empréstimos da construção da Arena Corinthians. Se um novo acordo for acertado com a Caixa Econômica Federal, o presidente alega estar apto a modificar a tabela de valores praticados atualmente.
"Estamos tentando dissolver isso numa negociação com a Caixa para ficarmos menos engessados em relação aos valores dos ingressos cobrados. Se tudo der certo, acredito que poderemos mexer. Aí poderemos mexer nos valores em jogos de menos expressão. Nossa ideia é ter sempre a casa cheia", explicou.