Ele foi o último a ser apresentado no Corinthians. No dia 10 de fevereiro, tímido e assustado com a cidade grande, o pernambucano Moacir, da capital Recife, vestia a camisa do clube. Volante de origem, com voz baixa e respostas monossilábicas, brincava que estava ganhando um presente de aniversário antecipado - completaria 24 anos 14 dias depois. Neste domingo, 40 dias depois, ele mostra desenvoltura nas palavras, não esconde mais o sorriso e até brinca com a oportunidade de fazer o terceiro jogo seguido entre os titulares.

"Todo mundo sonha em ser titular e comigo não é diferente. Mas podem me definir como quiser. Sou um titular reserva ou um reserva titular", brincou. "Na verdade, sou uma pessoa que está sempre à disposição", afirmou o jogador, que está se firmando na lateral-direita com a contusão de Alessandro. Neste domingo, às 17 horas, diante do Prudente, em Presidente Prudente, num time recheado de reservas - Roberto Carlos, Ralf e Danilo devem ser os únicos titulares a começar o confronto (com Elias, Jucilei e Dentinho no banco) - o camisa 24 espera, enfim, mostrar seus dotes de dançarino, já que virou moda festejar gols no Campeonato Paulista com dancinhas.

Titular diante do surpreendente Santo André e também em Assunção, contra o Cerro Porteño, pela Libertadores, o duelo desta tarde será o mais complicado para Moacir. E o motivo é simples. William, com certeza, e Chicão com grande probabilidade, não devem jogar. A experiente dupla de zaga atua como orientadora para o garoto. "O Chicão fica o tempo todo me orientando e o William fala na hora certa de eu atacar, como se posicionar".

Apesar de usar um time alternativo, o técnico Mano Menezes não abre mão dos três pontos. Para ele, deixar para decidir a vaga nas últimas rodadas é correr risco de eliminação precoce, o que não passa por sua cabeça.

Fonte: Estadão