Delatores acusam diretor da CBF de receber proprina por financiamento da Arena Corinthians
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Por Meu Timão
O deputado federal Vicente Cândido (PT-SP), diretor de Assuntos Internacionais da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), foi citado por três delatores da Odebrecht na Operação Lava Jato em caso de propina em financiamento na construção da Arena Corinthians. Segundo a delação, o parlamentar recebeu R$ 50 mil da empreiteira, em 2010, para apoiar a obra do estádio alvinegro. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
Após a delação do grupo Odebrecht, Cândido se tornou alvo de um inquérito aberto com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a publicação, o nome do deputado e o episódio da construção da Arena Corinthians foram citados nas delações de Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, Carlos Armando Guedes Paschoal e Benedicto Barbosa da Silva Júnior – dois deles já presos e soltos pela Lava Jato.
“Consoante relato do Ministério Público, narra um dos colaboradores que, no ano de 2010, a pretexto de auxílio à campanha eleitoral para o cargo de deputado federal, Vicente Cândido da Silva solicitou e recebeu vantagem indevida, consistente em R$ 50 mil. Valor repassado pelo grupo Odebrecht que teria interesse no apoio do parlamentar na busca de solução para o financiamento do Estádio do Corinthians”, registra o trecho da autorização para abertura de inquérito do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato.
Ainda segundo o registro, Vicente Cândido foi identificado pelo apelido de “Palmas” no sistema Drousys, a rede de intranet segura utilizada pelos funcionários do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht – conhecida como “departamento de propina” pela Lava Jato. Por meio dele os pedidos de pagamentos de propinas e caixa 2 eram realizados, para então serem autorizados e repassados.