Corinthians e São Paulo são barrados por autoridades, e semifinais terão torcida única
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Por Meu Timão
As diretorias de Corinthians e São Paulo bem que tentaram, mas tiveram negados seus pedidos para que as semifinais do Campeonato Paulista fossem realizadas com torcidas mistas. Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Ministério Público e Polícia Militar foram as autoridades responsáveis por manter o veto a torcedores visitantes em clássicos.
Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira, o promotor Paulo Castilho, um dos principais defensores da manutenção da prática de torcida única em clássicos paulistas argumentou que, desde que a nova política foi implementada (abril do ano passado), não houve mais registro de brigas entre torcedores rivais em dias de jogos.
"Não existe possibilidade de mudança. Nós conseguimos reduzir a zero os confrontos entre as torcidas. Qualquer alteração seria inoportuna e deveria ser analisada e estudada por um colegiado. Diante dos números, seria falta de responsabilidade voltar atrás na questão da torcida única", explicou.
Na última terça, durante o evento da Federação Paulista que definiu os dias e horários das partidas entre Corinthians e São Paulo e também Palmeiras e Ponte Preta, os presidentes corinthiano e são-paulino, Roberto de Andrade e Carlos Augusto de Barros e Silva, discursaram em favor do retorno das torcidas visitantes às arquibancadas.
Também na última terça, em conversa com a imprensa na sala de imprensa do CT Joaquim Grava, antes de a delegação corinthiana viajar rumo ao Rio Grande do Sul - onde joga ainda nesta noite de quarta-feira contra o Internacional, pela Copa do Brasil -, o técnico alvinegro Fábio Carille havia mostrado-se animado com a possibilidade de retorno das torcidas mistas.
"Acho isso muito importante. Já tivemos histórias de uma torcida só no estádio, e os caras se encontrarem no metrô. Tentaram isso, mas não foi muito positivo. Tivemos alguns clássicos com duas torcidas no nosso estádio e não me lembro de nenhuma situação ali perto. Se acontecer, é algo legal e bom para os dois times", disse, antes do veto das autoridades.