No dia 10 de junho de 1984, há exatos 33 anos, Sócrates realizou sua última partida e seu último gol com a camisa do Corinthians. Ídolo da Fiel, o jogador entrou em campo em um amistoso contra o Santos, da Jamaica, no estádio Nacional de Kingston. O Timão saiu derrotado pelo placar de 2 a 1, porém, mesmo com o resultado negativo, o duelo ficou marcado na história alvinegra pela despedida do eterno camisa 8 da equipe.

“Magrão”, como era chamado por conta de sua fisionomia, ficou eternamente marcado no histórico do Corinthians por seus passes precisos de calcanhar, sua visão de jogo e sua técnica primorosa. Com a camisa alvinegra, atuou em 297 partidas e balançou as redes em 172 oportunidades, estando presente da conquista de três títulos do Timão no Campeonato Paulista (1979, 1982 e 1983). Além disso, o jogador fez história também na Seleção Brasileira, quando fez parte do elenco lendário das Copas do Mundo de 1982 e 1986.

Natural de Belém, o “Doutor” Sócrates cresceu no interior paulista, em Ribeirão Preto, onde desenvolveu sua maestria com a bola nos pés. Se formou em medicina pela Universidade de São Paulo (USP) anos mais tarde, o que motivou o seu apelido. Já como jogador, atuou nas ações da Diretas Já, em 1980, e defendeu a busca por eleições diretas para a Presidência da República do Brasil.

Sócrates também foi um dos idealizadores do movimento que ficou conhecido como “Democracia Corinthiana”, que priorizava a opinião de todos os funcionários do Timão enquanto o Brasil vivia em meio a uma ditadura militar. O ídolo faleceu no dia 4 de dezembro de 2011, aos 57 anos. Mais tarde no mesmo dia, o Corinthians e a Fiel homenagearam o eterno ídolo conquistando o Campeonato Brasileiro daquele ano após empatar em 1 a 1 contra o Palmeiras.

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