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Em entrevista ao Meu Timão, ex-zagueiro Chicão detalha plano de retorno ao Corinthians

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Chicão defendeu o Corinthians de 2008 a 2013

Chicão defendeu o Corinthians de 2008 a 2013

Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Chicão e Corinthians. Seis anos, 247 jogos, 42 gols e oito títulos. E engana-se quem pensa que essa relação chegou ao fim.

Não é raro, ora bolas, torcedores "invadirem" as redes sociais de Chicão pedindo o retorno do ídolo ao clube do Parque São Jorge. Boa parte da Fiel imagina o ex-zagueiro assumindo algum cargo na diretoria, a exemplo do que Edu Gaspar e Alessandro Nunes fizeram nos últimos anos. Não é bem isso, no entanto, que o futuro "professor" Anderson Sebastião Cardoso imagina – apesar de não descartar tal possibilidade.

Em entrevista concedida ao Meu Timão, o ex-zagueiro, hoje com 36 anos, falou sobre a intenção de retornar ao futebol – e mais precisamente ao Corinthians. Aposentado desde o ano passado, ele planeja estudar na CBF Academy, realizando assim curso que o capacitaria a trabalhar como técnico.

"Eu vejo isso (pedidos dos torcedores) muito nas redes sociais. Não depende só do Chicão. Eu sempre deixei claro que, se dependesse só do Chicão, eu não teria nem saído do clube, né? Mas na época não houve acordo pela renovação do contrato. Quem sabe um dia eu possa estar de volta, não sabemos o dia de amanhã", comentou, lembrando a ocasião na qual não teve o vínculo renovado pelo então presidente Mário Gobbi Filho.

"É bacana ver o torcedor pedindo isso, né? (O torcedor) Sabe que, se um dia eu voltar, trabalharei com muita vontade, muita dedicação. O sentimento todo mundo sabe, vamos fazer por onde para deixar todo mundo feliz: o torcedor, o Chicão...", completou.

Chicão se tornou ídolo da Fiel

Chicão se tornou ídolo da Fiel

Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Ao ser questionado se consegue se imaginar à beira do gramado da Arena Corinthians orientando jogadores do Timão, Chicão não escondeu o sonho. O ex-zagueiro, entretanto, fez questão não apenas de lembrar o caminho que ainda precisa percorrer como também a possibilidade de retornar ao clube em outra função que não a de treinador.

"Pensar a gente até pensa (risos). Pensa em, quem sabe, um dia estar ali, trabalhar com esse objetivo de chegar a um clube grande novamente. Quem sabe? Tem de trabalhar, fazer por onde e merecer, porque não sabemos o dia de amanhã", afirmou.

"Tem que começar como auxiliar, né? Tem que fazer o curso. Fazer a licença B, depois a A, depois a PRO. Tudo com calma. Você pode até fazer o curso também e não exercer a profissão, exercer uma outra situação. Conhecimento nunca é demais, né? Temos de estar sempre nos atualizando", acrescentou.

No bate-papo com o Meu Timão, Chicão também falou de outros assuntos relacionados a sua passagem pelo Corinthians. O ex-zagueiro detalhou, por exemplo, a situação na qual foi barrado por Tite de um clássico contra o São Paulo, em 2011, e então pediu para ser excluído da lista de relacionados. Também houve espaço para falar sobre sua rotina como "aposentado" e da relação que sustenta com o clube e os torcedores corinthianos.

Confira os outros trechos da entrevista

Para muita gente, você pendurou as chuteiras cedo demais. O que pensa sobre isso? Por quê decidiu se aposentar em 2016?
Eu acho que chegou a hora. Estava em casa havia cinco meses, não tinha proposta bacana. Então decidi parar para não manchar minha história bacana no futebol, de vitórias, conquistas. Não estava valendo mais a pena. O corpo também, não que eu sentia dor, mas às vezes vai te deixando um pouquinho para trás dos outros, e aí você vai passar vergonha. Hoje vejo jogadores tentando jogar, e estão vendo que estão passando vergonha e não assumem que está na hora de parar.

O arrependimento faz parte de qualquer atividade do ser humano. Assim, do que você mais se arrepende em relação à carreira de jogador?
Talvez eu me arrependa daquele episódio de não ter ido para o jogo, de não ficar no banco. Mas ali o que quis demonstrar era um sentimento de carinho pelo clube, porque eu estava muito mal quando eu saí da equipe. Talvez eu me arrependa de não ter ido para o jogo, mas não foi nada de polêmica, é que eu estava com um sentimento de tristeza e não queria passar aquela cara de tristeza para o pessoal, os jogadores, e atrapalhar. No outro dia eu estava treinando, as pessoas entenderam meu lado, quem tinha de entender entendeu. O próprio Tite já falou sobre isso.

Chicão foi comandado por Tite de 2010 a 2013

Chicão foi comandado por Tite de 2010 a 2013

Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Como você vem aproveitando esses primeiros meses longe dos gramados? Conte um pouco sobre a rotina.
Hoje estou desempregado. Procuro aproveitar ao máximo, ficar perto das pessoas de quem eu gosto. Porque quando jogamos bola dificilmente temos esse tempo, né? Eu pretendo fazer o curso da CBF para começar como auxiliar-técnico aí e quem sabe voltar para o futebol, que é uma coisa que a gente gosta muito.

Você anda bastante ativo nas redes sociais fazendo comentários sobre os jogos do Corinthians. Como é hoje sua relação com o clube e os torcedores?
Tenho uma relação muito boa com o clube, vou à Arena quando posso, tenho amizade não só com o Alessandro, mas com o Carille, com o Walmir (preparador físico), com o presidente, com alguns jogadores, inclusive os com quem joguei contra. Outro dia fui ao CT e fui bem recebido. Com o torcedor, nem se fala, né? Sempre me agradem pelo o que fiz pelo clube, é uma relação sincera, né? Fico feliz com isso, de jogar futebol e conseguir o respeito e a admiração do torcedor. É uma medalha que não dá para explicar o valor dela.

Pelo contato que você teve com o Carille no Corinthians, de 2009 a 2013, imaginava que ele se tornaria treinador um dia? E, mais do que isso, imaginava um sucesso tão repentino?
Ele é uma pessoa muito humilde, simples, com objetivo traçados. Ele soube lidar com o tempo de espera. Teve paciência. Hoje está colhendo os frutos do que ele plantou. Imaginava que ele seria treinador um dia. O sucesso vem acompanhando ao longo do tempo dele como auxiliar, vem trabalhando para conquistar o sucesso. É cedo para falar, mas ele deu demonstração já de que pode render muito. Vamos ficar na torcida não só por ele mas também pela comissão que ele tem, né? Uma pessoa como ele, que mostra humildade, tem tudo para vencer como treinador.

Você citou que mantém contato com alguns jogadores do atual elenco, com o próprio Carille... Queria que contasse mais sobre isso. Você tem o hábito de mandar mensagem? Ajudar? Eles te procuram?
Eu mando mensagens desejando sorte para o presidente, o Alessandro, os jogadores... Houve o episódio do menino do Atlético-MG, que falhou, procurei mandar mensagem para ele ter tranquilidade. Ele me disse que isso ajudou bastante. É importante essa relação, né? Tento sempre mandar uma mensagem de incentivo, porque sei que isso pode mexer com a pessoa, né?

Nota da redação: o episódio citado por Chicão foi a falha de Pedro Henrique em um jogo contra o Atlético-MG, no ano passado, que culminou em gol dos atleticanos já nos minutos finais da partida. Na ocasião, após a derrota corinthiana por 2 a 1, o jovem zagueiro deixou o gramado do Mineirão aos prantos, sendo consolado até por jogadores adversários.

Veja mais em: Ídolos do Corinthians e Ex-jogadores do Corinthians.

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