Mesmo em três competições, Corinthians cobra mais jogos no calendário do futebol feminino
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Por Meu Timão
Prontas para enfrentar o Santos nesta quinta-feira, às 18h, pela final do Campeonato Brasileiro, as jogadoras do Corinthians-Audax enfrentam problema contrário ao que se vê acontecendo com os colegas do masculino. Enquanto clubes e jogadores reclamam constantemente do calendário inchado, as mulheres querem mais datas para preencher a curta temporada - dura em média quatro meses.
Finalista do Brasileirão e já classificada para a próxima fase do Campeonato Paulista, o Timão ainda tem a Libertadores da América para participar - competição acontece entre novembro e dezembro, no Paraguai. Mesmo com os três torneios, o time deve ficar aproximadamente seis meses do ano sem entrar em campo.
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O período sem compromissos cresceu ainda mais nesta temporada. Até 2016, a Confederação Brasileira de Futebol organizava, como no masculino, o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil - conquistada pelo Corinthians-Audax, inclusive. Os dois torneios aconteciam em semestre distintos, mas ocupavam, em média, seis meses do ano. A partir de 2017, no entanto, a CBF extinguiu a Copa do Brasil e aumentou a duração do Brasileirão para quatro meses.
"A CBF deveria fazer um outro campeonato para o calendário não ficar ocioso. Com apenas quatro meses de competição, muitas atletas ficarão desempregadas e muitas destas jogadoras sustentam suas famílias", afirmou Cristiane Gambare, diretora de futebol do Corinthians, em entrevista à Folha de S.Paulo.
Apesar da estrutura que o Corinthians tem em parceria com o Audax, um calendário com poucos jogos dificulta a vida das atletas. Além dos salários, o ritmo de jogo se perde e os patrocínios diminuem o interesse nas equipes.
Para diminuir um pouco o problema, a CBF estuda promover um torneio amistoso na reta final do segundo semestre. Com a participação dos seis melhores times do Brasileirão e dos dois finalistas da A2, a competição viria como um respiro para times que já não disputam mais nada em 2017. A informação é da Folha de S.Paulo.