Alessandro explica nova postura do Corinthians no mercado da bola: 'A gente aprendeu'
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Por Meu Timão
O Corinthians adotou uma nova postura no mercado da bola na atual temporada em relação aos últimos anos: maior rigidez na hora de avaliar uma proposta que possa culminar em saída de jogadores e um projeto mais claro apresentado ao elenco e à comissão técnica.
Em entrevista concedida ao jornal Lance! e publicada nesta quarta-feira, Alessandro Nunes, gerente de futebol do Corinthians, explicou um pouco das "novas diretrizes" da diretoria, relacionando o atual comportamento aos erros recentes cometidos pela mesma gestão.
"A gente aprendeu com o que aconteceu. Não vamos cravar que será uma rotina, depende muito. Depende de o atleta ter compreensão quando a gente explica que recebeu uma proposta, mas ela não é boa para o clube. Já que não é boa para ambos os interessados vamos esperar uma nova. É um risco que tem que ser medido diariamente, falando aos representantes do atleta nossas ideias, apresentando projeção", declarou.
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De fato, muito aconteceu no Corinthians para a diretoria tomar como lição. No início de 2016, por exemplo, a equipe titular já era praticamente toda distinta da que no mês anterior havia conquistado o hexacampeonato brasileiro. O clube, na época, alegava estar de mãos atadas diante de ofertas milionárias dos mercados chinês e europeu.
Na atual temporada, o cenário é outro. Nomes como Guilherme Arana e Fabián Balbuena, dois dos destaques da equipe, receberam propostas do futebol europeu. A diretoria, contudo, barrou a saída dos atletas. No caso do lateral, houve oferta na casa dos R$ 55 milhões; com relação ao zagueiro, seu representante alega recusa de R$ 22 milhões.
Fator Carille
A efetivação de Fábio Carille na função de treinador, na visão de Alessandro, foi fundamental para esta guinada do Corinthians. O técnico se tornou peça-chave no novo conceito de planejamento a longo prazo apresentado pela diretoria aos jogadores.
"Primeiro a manutenção do Carille, que está tendo a primeira oportunidade como treinador profissional, mas já tinha nove anos dentro do clube. Para ele iniciar o trabalho com pré-temporada é um ponto, mas assumir na saída do Tite era outro peso. Tenho certeza que termos errado no ano passado em termos de treinadores foi fundamental para hoje podermos dar a segurança que o Carille tem", comentou.
"Se tivéssemos dado oportunidade após a saída do Tite não sei se teríamos segurado até dezembro, porque os resultados iam continuar oscilando. Tenho convicção que aqueles erros foram importantes para que no momento oportuno pudéssemos acertar", finalizou.