O Pacaembu, casa do Corinthians antes da inauguração da Arena, deve perder um de seus mais charmosos setores: o tobogã. A arquibancada anexa teve demolição autorizada na última segunda-feira. O estádio será entregue à iniciativa privada pela gestão João Dória (PSDB). As informações foram publicadas nesta terça-feira pelo site do Estadão.

Órgão responsável pela preservação de bens tombados, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo (Conpresp) liberou empresas interessadas em assumir a gestão do Pacaembu a reformularem a arquitetura do estádio. Entre as alterações permitidas, está justamente a demolição do tobogã.

As diretrizes definidas pelo Conpresp serão encaminhadas à Secretaria Municipal de Desestatização, responsável por realizar a concessão à iniciativa privada. O entendimento é de que a demolição do tobogã pode melhorar a conexão entre o estádio e o complexo esportivo localizado ao fundo. Também está liberada a instalação de uma cobertura, que seria viabilizada, entre outros fatores, pela queda da arquibancada anexa.

"O tobogã é uma coisa espúria, que interfere negativamente na anatomia do complexo. A demolição dele é positiva no sentido de integrar a área esportiva com o estádio", afirmou o conselheiro Marcelo Manhães, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em São Paulo.

Cinco projetos de privatização do Pacaembu já foram apresentados à Prefeitura. Desses, três preveem a demolição do tobogã. A intenção do prefeito João Dória é iniciar a licitação ainda em 2017.

Em tempo: o tobogã ficou marcado entre os torcedores do Timão como um setor cujos ingressos tinham preços populares. Por lá, muitos bandeirões foram estendidos e eternizados, como o da República Popular do Corinthians.

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