Naming rights da Arena Corinthians não ilude candidato à presidência: 'Não vende'
9.2 mil visualizações 69 comentários Reportar erro
Por Meu Timão
Antigo sonho da diretoria do Corinthians e do fundo imobiliário que administra a Arena, a venda dos naming rights (em português, direitos de nome) do estádio está longe de ser fechada. Ao menos de acordo com Antonio Roque Citadini, um dos candidatos de oposição à presidência do Timão na próxima eleição, marcada para fevereiro de 2018.
Segundo o cartola, que foi vice-presidente do Corinthians entre 2001 e 2004, a cúpula alvinegra perdeu o “timing” da negociação. “Vamos ser sinceros: o naming rights não vende. Perdeu-se a época. Devia ter vendido antes da Copa. Não sei se vende nem se baixar o valor”, afirmou Citadini em entrevista ao programa Timão Universitário, da Web Rádio Coringão.
A Arena Corinthians foi inaugurada em maio de 2014, mas a busca por um patrocinador que tope dar nome ao estádio por 20 anos teve início antes mesmo disso. Por se tratar de um modelo de negócio considerado novo no mercado brasileiro, o Corinthians encontrou diversos entraves e jamais esteve próximo de concluir qualquer acordo.
“Não é que não vende, vai vender, mas precisa a economia melhorar. Então, esquece. Não conto com isso para fechar as contas do estádio. Toda vez que aparece notícia disso no jornal eu fico p***, porque sei que é uma invenção. Tem uma companhia de aviação árabe que já ganhou tanto dinheiro em publicidade, de tantas vezes que sai o nome dela. E não é verdade. Eu nem discuto naming rights, eu já deixo fora”, disparou o candidato.
A princípio, o Corinthians esperava embolsar entre R$ 350 milhões e R$ 400 milhões ao longo de duas décadas com a propriedade dos naming rights (de 17,5 mi a 20 mi por temporada). Tal receita já foi considerada como fundamental para o clube quitar a dívida da Arena, superior a R$ 985 milhões. No entanto, haja vista o cenário econômico do Brasil, a direção do estádio passou a trabalhar em outras frentes, como eventos, comercialização de setores, etc.
Leia também:
Candidato à presidência do Corinthians critica política de ingressos da Arena e Fiel Torcedor
Romeu Tuma Jr. cita 'desvio de recurso' no Corinthians e revela plano anti-corrupção
Entre outros assuntos, Antonio Roque Citadini descartou quaisquer possibilidades de devolver a Arena Corinthians. “Agora, essa coisa de devolver o estádio é uma loucura completa. Entregar para quem? Ele está em um terreno nosso. O estádio é nosso, o arquiteto teve felicidade, é bonito. É diferente, não é aquela abóbora de Copa do Mundo. Ele é agradável. Ver futebol é uma beleza lá, você vê tudo em todos os lugares”, justificou o político, que ainda alfinetou os estádios dos principais rivais.
“Diferente do (estádio do) São Paulo, que você não vê três ou quatro gols, escanteio então mal dá para ver. E o do Palmeiras, é bem mais modesto o estádio deles”, disse. “O estádio do Corinthians é belíssimo. Não temos que imaginar isso. O nosso papel é salvar uma boa negociação e pronto. Quem fala em entregar não tem noção do futebol. Não acontecerá”, finalizou.