Sem Andrés, candidatos à presidência do Corinthians fazem debate em universidade; veja como foi
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Por Rodrigo Vessoni
Na noite desta segunda-feira, no auditório da Universidade de Guarulhos (UNG), três dos quatro candidatos à presidência do Corinthians debateram por cerca de duas horas sobre o futuro do clube após a eleição do dia 3 de fevereiro. O debate fez parte do programa acadêmico Timão Universitário e foi transmitido ao vivo por diversas mídias relacionadas ao clube, como a Rádio Coringão.
Antonio Roque Citadini, Felipe Ezabella e Romeu Tuma Júnior divergiram, se provocaram - com educação -, fizeram seus planos, relembraram suas passagens em cargos anteriores pelo clube e, como não poderia ser diferente, criticaram a ausência de Andrés Sanchez. "Fujão, triste e lamentável" foram alguns dos termos usados pelo trio.
O candidato da situação, que também é deputado federal, limitou-se a enviar uma nota oficial por meio de sua assessoria de imprensa, explicando que a ausência estaria relacionada a compromissos em Brasília. Nas redes sociais, antes do embarque à capital federal, foi possível saber que Andrés participou de um evento de uma das chapas da situação para o Conselho Deliberativo, em evento realizado na Zona Leste de São Paulo. Um pouco mais cedo, Sanchez havia sido denunciado por crime tributário pela Procuradoria-Geral.
Leia também as exclusivas com os candidatos:
Andrés Sanchez: "Institucionalmente o Corinthians deu uma parada"
Felipe Ezabella: "Clube ainda é muito dependente da receita de TV"
Antonio Roque Citadini: "O Corinthians é o Corinthians e basta"
Romeu Tuma Júnior: "Não faço promessas, assumo compromissos"
Citadini, Ezabella e Tuminha responderam perguntas de quatro jornalistas convidados, entre eles Rodrigo Vessoni e Marco Bello aqui do Meu Timão, e, na sequência, questionaram-se entre si. Qual lado esteve em eleições passadas, as dívidas do clube e da Arena Corinthians, a maneira de gerir as categorias de base e o aproveitamento de outros esportes no cotidiano do torcedor e do associado foram alguns dos temas abordados no debate.
"O Corinthians paga comissão em todas as contratações: quando chega, quando sai, quando empresta. Isso atrapalha as finanças", lamentou Citadini, que fez questão de se colocar como oposição desde sempre do atual grupo político que detém o poder.
"Nos colocamos como uma terceira via. Não está tudo certo nem está tudo errado. Em três anos, ganhamos dois brasileiros. Não está tudo errado. Mas a gente reconhece que o modelo se esgotou. É a nossa vez", ponderou Ezabella.
"Não mexerei no que estiver bem. Conversei com o Alessandro (Nunes, diretor de futebol) e deixei isso claro. Inclusive, por questão de ética, o fiz na presença do diretor de futebol (Flávio Adauto). Cuidarei de trazer patrocinador à altura do Corinthians", avisou Tuminha.
Ao término do debate, correligionários das três chapas vibraram com suas respectivas participações. As eleições acontecem apenas no dia 3 de fevereiro. O Meu Timão está acertando os últimos detalhes para um novo debate em janeiro com os quatro candidatos.