Após ação de Paulo Garcia, Justiça decide apreender computadores usados em eleição do Corinthians
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Por Andrew Sousa
Embora tenha ocorrido há quase duas semanas, a eleição presidencial segue movimentando os bastidores do Corinthians. Dias depois do resultado, que aconteceu no dia 3 de fevereiro, o candidato derrotado Paulo Garcia entrou com uma ação judicial alegando suposta fraude nos computadores em que os associados realizaram a votação.
Nesta quinta-feira, foi confirmado que a Justiça acatou a argumentação e entrou com um pedido de busca e apreensão das máquinas utilizadas pelo clube. Vale destacar que a tecnologia da eleição foi toda desenvolvida pela Telemeeting Brasil, empresa terceirizada responsável pelo serviço.
A denúncia de Paulo Garcia aponta que o programa utilizado para votação não foi o mesmo do dia anterior, quando auditores checaram sua lisura e entenderam seu funcionamento. O candidato aponta que ao menos quatro arquivos diferentes surgiram no dia em que Andrés Sanchez foi eleito mandatário corinthiano.
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Juiz do Juizado Especial Criminal de São Paulo, Ulisses Augusto Pascolati Junior assinou o pedido de busca e apreensão no último dia 9 de fevereiro - o documento ficou seis dias em segredo jurídico. Na decisão, ele argumenta que “os indícios da materialidade se verificam diante da disparidade entre os códigos gerados pelos arquivos essenciais à realização da eleição”.
“As afirmações expostas no pedido inicial são extremamente graves, ainda mais porque envolvem um dos maiores clubes do Brasil e que, por isso mesmo, não pode haver dúvidas sobre a lisura de seu pleito eleitoral”, diz, em outro trecho do mandado.